Inìcio, Resenhas, Lidos no Mês, Maratonas & Desafios

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sexta-feira, 10 de junho de 2016

O Deus das Pequenas Coisas - Arundhati Roy


Resenha: O livro narra a história do casal de gêmeos Rahel e Estha de sete anos. Os dois vivem com a mãe em Kerala, sul da Índia. Eles inventam histórias perante a família desestruturada formada pela mãe Ammu, uma mulher solitária e infeliz, o tio Chacko, Baby Kochamma e uma mariposa imaginária que pertenceu a um de seus antepassados. A  família tem uma fábrica de geléias e pertencem a burguesia indiana. Há no país manifestações trabalhistas onde parte do povo segue   as tendências comunistas que contrastam com a colonização inglesa. O preconceito referente as castas ainda é muito grande, mas muitas pessoas já deixaram de seguir o hinduísmo. Cristianismo, islamismo e o marxismo já tem seus adeptos. A globalização já adentrou o país e já influencia o povo. 
Mas os gêmeos tem uma grande veneração por  Velutha, um homem negro pertencente a uma casta inferior que foi criado pela família. Velutha trabalha com madeira, faz serviços pequenos e inferiores, mas sem deixar de ser belos e importantes, a ele sobrou apenas as pequenas coisas, que muitas vezes não são vistas por todos. Essa amizade não agrada a família e torna-se proibida.   E uma grande tragédia cai sobre a família no dia em que chega na cidade a filha de tio Chacko. Neste dia, Rahel e Estha descobrem que "as coisas podem mudar num só dia, que as vidas podem ter seu rumo alterado e assumir novas - e feias - formas. Descobrem que elas podem até cessar para sempre". 
A narrativa é intercalada passando de um fato para o outro dentro do mesmo capítulo tornando um pouco difícil a leitura, mas essa forma da autora escrever não deixou a história menos interessante. Gostei muito do livro. Aborda além dos conflitos familiares, preconceitos, violência, política, a condição da mulher, abusos  e muitos assuntos da sociedade indiana da época. Apesar de ser uma história trágica é também muito bonita. O retrato de um povo que só queria ser livre, tanto para viver como para amar.

"Assim, Ammu e seus filhos gêmeos bivitelinos quebraram as Leis do Amor. "Que determinam quem pode ser amado. E como. E quanto".



Ano: 2008
Páginas: 360
Editora: Companhia de Bolso


Foto -Suzanna Arundhati Roy
Suzanna Arundhati Roy, conhecida como Arundhati Roy, é uma escritora, novelista e ativista anti-globalização indiana, também envolvida em causas ambientais e de direitos humanos. Estudou arquitetura e trabalhou em cinema como designer de produção. Escreveu os roteiros de dois filmes. Seu primeiro livro O deus das pequenas coisas (The God of Small Things) ganhou o Booker Prize em 1997 e foi editado em 36 países. Venceu também o Lannan Cultural Freedom Prize em 2002.


domingo, 8 de maio de 2016

Meio Sol Amarelo - Chimamanda Ngozi Adichie


Resenha: Meio Sol Amarelo é um livro surpreendente! Narrado por três dos personagens mais importantes da história (Olanna, Richard e Ugwu), sendo que Olanna é uma mulher negra determinada movida pela emoção, filha de uma família rica, seu pai é um empresário importante na Nigéria. Ela tem uma irmã gêmea mas não são idênticas; Kainene é o oposto da irmã, pois  nela destaca-se a razão e os caminhos das duas, embora sigam linhas retas em alguns pontos da história se cruzam, travando entre elas algumas disputas onde os sentimentos fraternos vão falar mais alto. 
Outro personagem é o jornalista Richard, um britânico namorado de Kainene que tenta escrever um livro sobre a guerra civil da Nigéria no final da década de 1960.
Ugwu é um menino proveniente de um pequeno vilarejo e  vai trabalhar com Odenigbo, um professor revolucionário namorado de Olanna.
A vida destes personagens se entrelaçam quando explodem os conflitos com a tentativa de libertar o estado de Biafra. Lutas sangrentas são travadas em nome da liberdade e o sangue é derramado nas ruas dos vilarejos. As pessoas se refugiam para escapar dos bombardeios. A fome e as doenças atingem a todos e o  caos que se instalou nas ruas durante este período matou milhares de pessoas. 
Foi o primeiro livro de Chimamanda que li e a autora me cativou com a sua narrativa. Todos os personagens tem importância na história, bem construídos e cada um contribuindo para que a história se tornasse tão grandiosa.
 No final do livro a autora fala sobre os fatos históricos que ela usou para enriquecer o livro que foi a Guerra Nigéria-Biafra de 1967 a 70 mas que ela usou personagens fictícios para retratar as próprias verdades imaginadas e não os fatos da guerra, pois a guerra, segundo ela é muito feia. O livro é um retrato do sofrimento de um povo. Vale a pena ler para conhecer um pouco da história do povo africano que não é diferente da história de luta de outros povos. 

"  O vovô costumava dizer que tudo piora e aí melhora."

Ano: 2008
Páginas: 504
Editora: Companhia das Letras

terça-feira, 5 de abril de 2016

O Diário de Rywka - Rywka Lipszy


RESENHA - Rywka Lipszyc era apenas uma menina de 14 anos, que tão jovem sentiu na pele todas as atrocidades da guerra. Em seu diário,  que foi encontrado perto das ruínas de um dos crematórios de Auschwitz, ela relata todas as suas angústias, medos, o trabalho forçado, a fome e a miséria.
Lodz, a cidade onde viveu Rywka se tornou o gueto mais isolado e oprimido da Europa ocupado pelos nazistas. As pessoas viviam sobre constante vigilância, tinham medo da deportação e estavam constantemente doentes. A tuberculose, a desinteria, o tifo e a pneumonia eram as pragas do gueto.  Conforme a condição física as pessoas eram remanejadas para outras ocupações e também deportadas, que era sempre o que elas mais temiam, pois os deportados eram muitas vezes enviados para os campos de extermínio. 
O livro é um relato emocionante, pois é escrito por uma menina que se tivesse vivido uma vida normal acredito que jamais teria registrado em seu diário temas tão pesados e tristes. Por mais que imaginamos o que essas pessoas viveram não é possível ter uma idéia do sofrimento e do quanto a ganância e o poder podem massacrar milhões de vidas. Uma parte no diário que me chamou muito a atenção foi que no gueto tinha uma biblioteca, muito precária, pois não havia muitos livros para as meninas lerem, mas elas liam, mesmo diante de toda essa adversidade encontravam um tempinho para a leitura, achei comovente! 
Mais um livro sobre o tema Holocausto que vale a pena ler! Recomendo!

Nascida em 15 de setembro de 1929, Rywka era a mais velha dos quatro filhos de Yankel e Miriam Sarah Lipszyc. Seu irmão Abram, chamado de Abramek, nasceu em 1932, seguido por Cypora, conhecida como Cipka, que veio ao mundo em 1933. A caçula da família, Estera, apelidada de Tamarcia, nasceu em 1937. Os pais de Rywka eram de Lodz, na Polônia. Yankel — o quinto dos oito filhos de Avraham Dov e Esther Lipszyc — morava com a família muito perto de seus irmãos e de outros parentes. Através de Hadassah, esposa de seu irmão mais velho Yochanan, a família mantinha uma conexão distante com Moshe Menachem Segal, o famoso “último rabino” do gueto de Lodz. 

Ano: 2015
Páginas: 216
Editora: Seguinte

O Filho de Mil Homens - Valter Hugo Mãe


RESENHA - O livro começa com a história de Crisóstomo, um pescador solitário que imagina-se incompleto pois falta-lhe na vida um filho. 
Nos capítulos seguintes, surgem outros personagens que o autor descreve ressaltando os sonhos, as frustrações e angústias de cada um. Camilo, o órfão que desconhece a sua origem. Isaura, uma moça que busca um amor. Dona Matilde, uma senhora insatisfeita com a maternidade. Antonino, um jovem rapaz que se julga diferente dos outros. Enfim, todas essas pessoas são importantes na narrativa, pois suas vidas se cruzam mais a frente, tornando uma única história. Eles tem em comum a solidão e a busca pela felicidade. 
Crisóstomo conhece então o menino Camilo, e a partir daí e com a inclusão dos outros personagens na narrativa e a história se transforma em um enredo poético e rico de emoções.
A história passa em um pequeno vilarejo onde existem pessoas ambiciosas, invejosas e muito preconceito, o que é natural em localidades provincianas. 
O Filho de Mil Homens, além de poético é um livro que transmite uma mensagem bem real sobre os objetivos das pessoas e o que elas buscam na vida. 
Foi o primeiro livro do autor que li, e mesmo sendo escrito no português de Portugal, não tive dificuldades em apreciar a leitura. Lembra um pouco a narrativa de Mia Couto. Além de passar as mensagens realistas tem também um lado cômico. No final do livro o autor diz que pensou em não publicar a obra, ainda bem que ele mudou de idéia! Quero ler outros títulos!


"Todos nascemos filhos de mil pais e de mais de mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. Como se nossos mil pais e nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós."
Ano: 2012
Páginas: 208
Editora: Cosac Naify

quarta-feira, 9 de março de 2016

Dias de Chuva e Tempestade - Nancy Pickard


RESENHA - Uma história ambientada numa pequena cidade no interior do Kansas, conhecida como Rose, onde as famílias dedicavam-se a atividade rural, destacando a criação de gado e plantações e são pessoas influentes na sociedade.
Há 23 anos um crime foi cometido, e o pai de Jody, Hugh-Jay Linder foi assassinado e sua mãe Laurie desapareceu. O assassino trabalhava na fazenda dos avós de Jody, Billy Crosby, um vaqueiro rebelde e alcoólatra que sempre estava causando confusões. Mas com o passar dos anos, o filho de Billy tornou-se advogado e não acreditava na culpa do pai, para ele a verdade foi manipulada levando seu pai para a prisão como culpado pelos crimes. E após os 23 anos com a volta de Billy para a cidade uma reviravolta acontece no caso. Jody quer saber a verdade e para isso confronta a família em busca dos fatos, ela precisa saber o que aconteceu realmente com os pais, será Billy realmente o culpado ou existe alguém guardando um segredo?

O livro é narrado no presente e no passado, relembrando todo o cotidiano da família, o relacionamento dos filhos, o trabalho de cada um e a vida na sociedade local descrevendo os personagens até o dia do crime. Traça também um pouco o perfil psicológico de todos, e isso faz com que o leitor simpatize ou não com os personagens, ou seja, a autora soube construí-los muito bem, fazendo com que a trama toda ficasse bem amarrada. Desconfiei de várias pessoas e me surpreendi com o desfecho. É um ótimo livro, mantém o clima de suspense até o final!


Ano:2012
Páginas:227
Editora:Arqueiro


domingo, 6 de março de 2016

Prisioneira da Inquisição - Theresa Breslin


RESENHA - Zarita é uma jovem dama que vive em Las Conchas, um pequeno porto em Andaluzia, no sul da Espanha em 1492. Filha de um magistrado, ela tem seu destino marcado quando um mendigo cruza seu caminho e toca sua mão. Assustada com a ação de desespero do homem, ela o acusa e seu pai condena o pobre homem a forca. Mas o mendigo tem um filho que assistiu a tudo e jurou vingança. Zarita não tem uma boa convivência com sua madrasta que faz de tudo para prejudicá-la e quando chega na cidade a Santa Inquisição, Zarita fica totalmente desprotegida, pois sua madrasta conspira contra ela.
Enquanto isso, Saulo, o filho do mendigo parte em fuga para o mar. Trabalhando como marinheiro, ele aprende sobre navegação e toma gosto pela profissão, chegando assim a conhecer Cristóvão Colombo que simpatiza com ele e o convida a fazer parte de sua equipe. Mas Saulo não esquece a morte do pai e seu objetivo é chegar até Zarita e sua família para concretizar a sua vingança.
A leitura é  envolvente, pois o livro é complementado por fatos históricos onde o ambiente é o reino da rainha Isabel de Castela e o rei Fernando de Aragão, na época em que a Santa Inquisição perseguia os hereges. Os padres inquisidores usavam a tortura para interrogar os acusados e os condenados eram queimados vivos em uma fogueira. Além disso há conflitos familiares, vingança, traição e mostra também um pouco do comportamento das pessoas perante a perseguição pelos inquisidores. É uma boa história, mas nada muito aprofundado no tema. 




Ano: 2014
Páginas: 306
Editora: Galera Record

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O Tigre Branco - Aravind Adiga


RESENHA - Balram Halwai é um menino pobre, nascido em uma casta inferior às margens do Rio Ganges, na zona rural chamada de Índia da escuridão. Diferente dos outros meninos de sua idade, Balram sonhava com uma vida melhor e na escola que frequentou por somente cinco anos, se destacava por ser astuto e inteligente. Por ser diferente, recebeu o apelido de Tigre Branco, criatura rara que na natureza nasce um a cada geração.
Com toda essa esperteza, Balram deixou seu pequeno vilarejo em busca de melhorias na sua vida. Conseguiu um emprego de motorista, e com o contato com os patrões, ouvindo as conversas,  proporcionou a ele desenvolver o espírito empreendedor, contrariando a sua casta onde as pessoas eram doceiros. Mas, para alcançar o que desejava, teve que passar por cima de muitos princípios, onde teve que mudar de lado para desta forma, ingressar na Indía da Luz.
O livro é escrito em forma de cartas, onde o protagonista escreve ao Primeiro Ministro da China, Wen Jiabao, contando toda a sua caminhada rumo ao sucesso. De maneira sarcástica e até debochada, ele faz uma crítica ao seu país e aos contrastes entre pobres e ricos, religiões, castas e as relações humanas. Balram é um anti-herói que nos mostra uma Índia totalmente despida do seu misticismo, enunciando a realidade que o mundo não vê!
O livro O Tigre Branco conquistou o Man Booker Prize em  2008, principal premiação britânica de romances.

Ano: 2008
Páginas: 256
Editora: Nova Fronteira


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Um Salto Para A Felicidade - Sara Gruen

RESENHA - Annemarie Zimmer, hipista de nível internacional, sofre um acidente que coloca um fim na sua carreira promissora. Além de ficar impossibilitada de competir, ela perde também seu amado cavalo Harry, ferido gravemente no acidente e teve que ser sacrificado. 
Após 20 anos, Annemarie é surpreendida pelo destino. Abandonada pelo marido, despedida do emprego e com uma filha rebelde de 15 anos, ela retorna ao haras da família em New Hampshire. Com o pai doente ela precisa ajudar a mãe na administração do haras e inicia neste momento, o seu retorno ao mundo que ela havia deixado para trás, que tinha escolhido esquecer. Quando reencontra Dan, uma antiga paixão da adolescência, ele a leva para conhecer um cavalo com características semelhantes a Harry, o que a deixa muito impressionada.
E a partir deste momento, Annemarie intrigada com tanta coincidência passa a pesquisar sobre cavalos listrados. Muito ingênua e teimosa, acaba por trilhar caminhos que vão colocá-la em situações complicadas. 
A história é ''repleta de conflitos familiares regados a muita emoção. Annemarie lida com vários sentimentos, dentre eles a incapacidade de perdoar os pais pelos erros do passado, o que resultou em mágoas acumuladas ao longo dos anos. Vive em conflito com a filha, ambas não conseguem manter um relacionamento saudável e acabam sempre se magoando. Esses conflitos só fazem com que Annemarie administre tudo muito mal, inclusive a sua vida. Nas suas tentativas de acertar ela acaba por cometer mais erros que a levam ao desespero. 
O livro transmite aquelas mensagens para refletir sobre o que fazemos de nossas vidas, como lidamos em determinadas situações, onde muitas vezes perdoar é necessário para seguir em frente. O passado deixa marcas, mas é possível suavizá-las. A protagonista é uma mulher movida pela emoção como muitas outras, que a duras penas escolheu superar e olhar para frente! Gostei muito! Quero ler outros títulos da autora!





A AUTORA: Sara Gruen é autora do best-seller Água para Elefantes. Dela a Editora Rcord publicou A Casa dos Macacos. Sara mora no sul dos Estados Unidos com marido, filhos, cavalos, cachorros, gatos e uma cabra.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Amém - Arthur Chrispin


RESENHA - A história tem início com o assassinato do irmão de um traficante muito conhecido, de uma forma muito inusitada. Então o caso vai parar nas mãos da Delegada Luzia e seu grupo de policiais da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, Jesus, Jorge, Chico e Lourenço. 
Com o passar dos dias, novos assassinatos acontecem e o criminoso deixa assinaturas e mensagens com suas vítimas, que levam os policiais a acreditarem que trata-se de um serial killer. 
Os policiais se dividem para investigar, usando todas as pistas. Os casos acabam por chamar a atenção da mídia, incomodando o Secretário de Segurança que tem grandes expectativas nas próximas eleições. E como as investigações não deram resultados, são encerradas por ordem superior, deixando a equipe indignada. Mas é o poder falando mais alto e os casos sendo abafados. Mas o assassino é ardiloso e volta a atacar sem piedade, atingindo o alvo pretendido. O desfecho da história segue um ritual aterrorizante.   

"Dê uma olhada para o céu antes de morrer. É a última vez que você o fará." Metallica,  For Whom the Bell Tolls

A trama toda é muito bem elaborada, narrado em terceira pessoa, todos os personagens são bem construídos e importantes na história. Católicos, umbandistas e evangélicos, carnavalescos e frequentadores dos morros. São amigos unidos pela fé, pelas suas crenças e pelo amor a profissão da qual se orgulham de exercer sem serem corrompidos. São comandados por uma mulher determinada que veneram e respeitam. O autor usou nomes bíblicos e datas comemorativas  para desenvolver a história, o que achei muito criativo. Também usou muitos palavrões e gírias, mas neste  caso considero aceitável devido ao ambiente em que a história se passa. É um livro que retrata o dia a dia de policiais, com descrições fortes de violência, a luta entre o bem e o mal, o que é certo e errado. Mais um livro brasileiro que gostei de ler! Os personagens Jesus e Jorge são ótimos! 

"Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge, para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem, tenham mãos e não me peguem, tenham olhos e não me enxerguem e que nem pensamentos eles possam ter para me fazer mal. "Amém

Ano: 2015
Páginas: 304
Editora: 5w

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Novembro de 63 - Stephen King


RESENHA - Jake Epping é um professor de inglês em uma cidade do Maine. Ele fica muito impressionado quando ao corrigir as redações de seus alunos, um texto lhe chama a atenção. Na verdade o tal texto nada mais é do que um relato de um aluno chamado Harry Dunning , sobrevivente de um massacre que aconteceu há cinquenta anos, onde seu pai em um momento de fúria matou toda a família com golpes de marreta. 
Mas as coisas ficam ainda mais estarrecedoras quando seu amigo Al transfere a ele uma missão: deter o assassinato do Presidente John Kennedy em Dallas em 22.11.1963. Para isso, Jake precisa fazer uma viagem no tempo através de uma espécie de portal no interior do porão da lanchonete de Al, regredindo de 2011 para o ano de 1958. Jake aceita a missão e parte rumo a 1958, descendo os degraus do passado.
Depois de  interferir no destino da família de Harry, Jake vai para a cidade de Jodie, no Texas onde assume um outro nome, consegue um emprego em uma escola, conhece Sadie, uma bibliotecária que torna-se uma pessoa importante em sua vida durante o período que permanece na cidade.
Mas ele precisa investigar os passos de Lee Harvey Oswald, o assassino de JFK para cumprir a sua missão e mudar o curso da história. Como seria o mundo se JFK não tivesse morrido? Toda modificação causa efeitos no curso natural das coisas(efeito borboleta) e uma mudança na história com certeza traria muitos impactos no mundo, tanto físico como político. 
Novembro de 63 é um livro com uma narrativa surpreendente e impactante, construída a cada capítulo que se acompanha a viagem de Jack, suas aflições, seu envolvimento com as pessoas que ele encontrou pelo caminho, momentos em que arriscou a vida para conseguir atingir os seus objetivos. Enfim, além de ser recheado de fatos históricos, na minha opinião é mais um livro de Stephen King que valeu a pena degustar cada página!

"Por um momento, tudo estava claro, e quando isso acontece pode-se ver que o mundo mal está lá, de verdade. Por acaso isso não seria algo que todos sabemos, em segredo? É um mecanismo equilibrado com perfeição, de gritos e ecos se passando por rodas e engrenagens, um relógio de sonho tilintando sob o vidro do mistério que chamamos de vida... Um universo de horror e perda em torno de um palco iluminado por uma única luz, onde os mortais dançam, desafiando o escuro."


Ano: 2013
Páginas: 727
Editora: Suma de Letras

domingo, 10 de janeiro de 2016

Hibisco Roxo - Chimamanda Ngozi Adichie





Resenha: Hibisco Roxo é o primeiro livro que leio da autora Chimamanda Ngozi Adiche. 
A história é narrada por Kambili, uma menina de 15 anos que tem um pai extremamente religioso. 
A família convive em um ambiente aparentemente normal, pois são ricos, moram em uma casa bem estruturada, estudam nas melhores escolas. 
Por terem vidas privilegiadas, Kambili e o irmão são rigorosamente supervisionados pelo pai. Seguem regras ditadas por ele, as obrigações religiosas são as mais radicais possíveis e quando não conseguem cumprir os horários, Eugene, o pai, age de forma violenta para puni-los.
A visita de tia Ifeoma  inicia uma grande mudança na vida de Kambili, convidada para passar uns dias na cidade que a tia mora, ela passa a conviver com os primos e descobre uma nova vida.
A narrativa tem uma riqueza de detalhes sobre o cotidiano do povo da Nigéria, sua cultura, religiosidade. Tia Ifeoma foi a personagem que mais gostei, descrita como uma mulher independente, ela é viúva e cria seus filhos, são pobres, mas são uma família unida e feliz. Foi uma leitura emocionante, uma história linda! 





Ano: 2011
Páginas: 328
Editora: Companhia das Letras


As Três Irmãs - Anton Tchekhov


RESENHA: As três irmãs, Olga, Irina e Macha vivem em uma cidade provinciana no interior da Rússia e sonham em voltar para Moscou. Macha é casada com um ex-professor que ela não ama e Irina e  Olga são solteiras. As três moram em uma casa junto com o irmão Andrei e a cunhada Natália. Elas passam por momentos de reflexão e lembranças dos tempos em que viviam com os pais em Moscou, tempos de felicidade. Na província, a vida é tediosa e o dia a dia monótono. As três são inconformadas com a vida que levam na província, mas um dia chega um destacamento militar e o comandante Verchinin fica interessado em Irina enquanto dois oficiais cortejam Olga. 
Mas um dia, o destacamento vai embora e uma fatalidade acontece com um dos pretendentes, levando os sonhos das irmãs. E dessa forma, elas acabam se conformando com o que lhes reserva o destino. 
Não costumo ler peças de teatro, mas As Três Irmãs,  composta por quatro atos,  foi uma leitura muito envolvente e prazerosa. Destaca-se na narrativa o anseio das mulheres por mudanças, o inconformismo com a vida submissa sem opções tanto de trabalho como lazer e também o sonho de ser livre. 

"É o destino, nada se pode fazer contra ele. O que a nós parecia sério, importante, de muito valor, com o tempo será esquecido e considerado sem importância."

Ano: 1995
Páginas: 287
Editora: Nova Cultural


O AUTOR - Anton Pavlovitch Tchekhov (29/01/1860, Taganrog, Rússia 15/07/1904, Badenweiler, Alemanha​) - Anton Tchekhov deixou obra extensa: centenas de contos, várias novelas, muitas cartas, uma imensa coleção de autênticas jóias literárias. E a sua obra como dramaturgo não é menos importante: muitas peças curtas, de um ato, a maioria cômicas e satíricas, e cinco obras-primas da dramaturgia ocidental: Ivanov, A gaivota, Tio Vânia, As três irmãs e O jardim das cerejeiras, verdadeiros “clássicos” constantemente representados no mundo inteiro. Em 1901, Tchekhov casou-se com a atriz Olga Knipper. Em 1904 faleceu na Alemanha, vítima de tuberculose. Foi sepultado no cemitério Novodevichy, em Moscou.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

O Livro do Cemitério - Neil Gaiman

RESENHA – O livro conta a história de Nin (Ninguém Owen), um menino órfão que teve seus pais e a irmã assassinados por um homem chamado Jack.
Nin caminha sem rumo após esse trágico episódio de sua vida e vai parar em um cemitério, onde é recolhido pelos 'moradores'. Dessa forma ele vive entre os mortos,  comunica-se com eles, descobre passagens fantásticas e misteriosas, sendo protegido por um guardião que torna-se uma espécie de mestre para ele.   
Mas chega a época de Nin ir para a escola, conhecer o mundo dos vivos.  Dessa forma ele passa a ser percebido e as crianças notam que ele é diferente, fato este que o faz se envolver em alguns problemas, obrigando-o a voltar para a segurança do cemitério. 
Mas mesmo vivendo dentro dos muros do cemitério, Nin conhece uma menina chamada  Scarlett, que torna-se sua amiga de aventuras, mas que indiretamente faz com que seus caminhos se cruzem com o seu perseguidor, o homem chamado Jack. E assim ele é descoberto, sofrendo perseguição até o final, onde acontecem muitas revelações sobre o seu passado que vão desvendar todo o mistério em torno da morte de sua família.
Este é mais um livro surpreendente de Neil Gaiman, com uma narrativa repleta de magia, uma verdadeira viagem ao sobrenatural. Impossível não apreciar toda essa aventura contada dentro de um cemitério, a medida que fui lendo, a imaginação corria solta, acompanhando cada passo do menino Nin. Um livro lindo e complementado por várias ilustrações que só tornaram a leitura muito mais agradável! 


  "É só a morte. Quer dizer todos os meus melhores amigos estão mortos. - Sim, estão. E eles, na maior parte, acabaram para o mundo. Você não. Você está vivo, Nin. Isso quer dizer que tem potencial infinito. Para fazer qualquer coisa, construir qualquer coisa, sonhar qualquer coisa. Se mudar o mundo, o mundo mudará. Potencial. Depois que estiver morto, acabou. Foi-se." 


Ano: 2010
Páginas: 336
Editora: Rocco

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A Nona Configuração - William Peter Blatty




Resenha: O médico psiquiatra e coronel Kane começa a atender vinte e sete ex-combatentes do exército que podem (ou não) estar loucos. 
Eles moram em uma mansão gótica escolhida pelo Pentágono para instalá-los secretamente e colocar em experimento o projeto Freud. 
A mansão tem um ambiente totalmente insano, onde os ex-combatentes surtam a todo momento sobrecarregando psicologicamente o coronel Kane, que passa a ter sonhos estranhos e  relembrar de forma  fragmentada, momentos do seu passado durante a guerra no Vietnã.
Kane coloca o tratamento psiquiátrico em prática acreditando que cada paciente encontrará a cura, mas algumas revelações chocantes fazem uma grande reviravolta em toda a história. 
Existem muitos personagens bem construídos, mas é  Cutshaw, o ex-astronauta surtado,  quem mais se destaca durante toda a trama e torna-se uma figura importante quando o grande segredo é desvendado.
Com muitos diálogos filosóficos, questionamentos sobre fé, religião e loucura, a leitura é fascinante, surpreendente e tocante. 
A Nona Configuração foi publicado pela primeira vez em 1966 com o título  Twinkle, Twinkle, Killer, Kane, foi traduzido no Brasil com o título Paranóia, em 1978, William Peter Blatty reescreveu a história com o título atual e em 1980 foi adaptado para o cinema. 






Ano: 2015
Páginas: 160
Editora: Agir - Casa dos Livros

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Tarântula - Thierry Jonquet




Resenha: Richard Lafargue é um famoso e excêntrico cirurgião plástico que tem uma relação um tanto bizarra com Éve, uma mulher que vive a disposição dos caprichos do médico. 
Éve vive trancada em um quarto luxuoso somente sendo libertada quando Lafargue ordena, é sua acompanhante em festas da sociedade e objeto para seus jogos sexuais. 
Existe um grande mistério que envolvem o médico, uma menina internada em um hospício, o jovem Alex e seu amigo Vincent Moreau. 
Difícil detalhar mais a história, pois o grande segredo desse livro é o fator surpresa que aguarda o leitor no final.
Os capítulos são intercalados com os personagens Richard, Éve, Alex e Vincent, quando suas histórias são interligadas o leitor depara-se com uma trama envolvente, chocante, onde desejo e vingança  se unem para formar um thriller muito bem construído.  
Thierry Jonquet é escritor de literatura policial. Tarântula foi adaptado para o cinema com o título  "A Pele que Habito", do cineasta espanhol Pedro Almodóvar.



Ano: 2011
Páginas: 160
Editora: Record



Formas de Voltar para Casa - Alejandro Zambra



Resenha:  "Em vez de gritar, escrevo livros."

Em uma narrativa poética o autor relembra fatos marcantes no Chile, colocando como plano de fundo a ditadura Chilena. A história começa com o protagonista narrando sua infância, a vida junto aos pais e as circunstâncias que conheceu Claúdia, no dia do terremoto em 1985. Desse dia em diante,  Claudia tornou-se sua amiga e atendendo a um pedido dela, começa a espionar a vida do misterioso vizinho Raúl. Com toda sua inocência ele observava a passividade dos pais em relação a ditadura.

"Agora não entendo bem a liberdade de que gozávamos na época. Vivíamos numa ditadura, falava-se de crimes e atentados, de estado de sítio e toque de recolher, e mesmo assim nada me impedia de passar o dia vagando longe de casa. As ruas de Maipú não eram, então, perigosas? De noite sim, e de dia também, mas, com arrogância ou com inocência, ou com uma mescla de arrogância e inocência, os adultos brincavam de ignorar o perigo: brincavam de pensar que o descontentamento era coisa de pobres e o poder, assunto dos ricos, e ninguém era pobre nem rico, pelo menos não ainda, naquelas ruas, naquela época."

Outra parte do livro ocorre vinte anos depois, o protagonista tornou-se um escritor, decide reencontrar Claudia e relembrar fatos de suas vidas, suas dores e fracassos.

"Sabia pouco, mas pelo menos sabia isto: que ninguém fala pelos outros. Que, mesmo que queiramos contar histórias alheias, terminamos sempre contando nossa própria história."

Formas de Voltar Para Casa é dividido em duas partes, passado e presente. É um  livro muito curto mas com um estilo de escrita complexa, onde o autor vira narrador, uma mistura de ficção e memórias. Uma leitura agradável, foi meu segundo livro de Zambra.




Ano: 2014
Páginas: 160
Editora: Cosac Naify

Alejandro Zambra Infantas (Santiago, 24 de setembro de 1975) é um poeta e contador de histórias Chile, selecionado em 2007 pelo Festival Hay e Bogotá Capital Mundial do Livro como um dos 39 escritores latino-americanos com idade inferior a 39 anos mais importantes. Eleito em 2010 pela revista britânica Granta entre os 22 melhores escritores de língua espanhola com menos de 35 anos.


domingo, 3 de janeiro de 2016

Mary Poppins - P. L. Travers


RESENHA - A família Banks procura uma babá para cuidar de seus quatro filhos, Michael, Jane e os gêmeos John e Bárbara. As crianças são levadas e travessas. Os pais, pessoas muito ocupadas,  contratam Mary Poppins, que  chega na casa da família de uma forma inusitada, num dia de tempestade e vento leste.
Logo no primeiro contato,  Michael e Jane já percebem que a babá tem um comportamento um tanto estranho.Mary é uma babá mágica que veio para transformar a vida destas crianças, recheando o dia a dia com muitas aventuras. Ela toma conta da casa e preenche os dias das crianças levando-as para um mundo imaginário habitado por criaturas fantásticas. E assim se passa toda a história, protagonizada por Mary, que é uma criatura de personalidade marcante e singular. 
A história passa-se em Londres, no período vitoriano, época em que babás eram muito requisitadas para tomar conta de crianças. Gostei muito da narrativa, é uma fantasia, onde não deixa de passar alguns valores importantes, como por exemplo, aproveitar o tempo de infância,  aprender através da magia a enfrentar o medo do desconhecido sem deixar de  maravilhar-se em meio a tantas aventuras. 

Mary Poppins é o primeiro livro de uma série de oito livros infanto-juvenis escritos pela escritora australiana Pamela Lyndon Travers (ou P.L. Travers), publicado originalmente em 1934, em Londres.  A Disney adaptou o livro para o cinema em 1964.

Ano: 2014
Páginas: 192
Editora: Cosac Naify




A AUTORA - Pamela Lyndon Travers (nascida Helen Lyndon Goff em Maryborough, 9 de agosto de 1899 - Londres, 23 de abril de 1996) foi uma atriz, jornalista e escritora australiana, mais conhecida por ser autora dos livros com a babá Mary Poppins.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Os Últimos Dias de John F. Kennedy - Bill O'Reilly, Martin Dugard,


RESENHA - Em 20 de Janeiro de 1961, John Fitzgerald Kennedy foi eleito presidente dos EUA em plena Guerra Fria. Ele não sabia que deste dia em diante teria apenas três anos de vida. Os autores, através de uma elaborada pesquisa, relataram no livro os últimos dias da vida de JFK, destacando fatos do ambiente político americano e mundial, conspirações, momentos íntimos e familiares.
Kennedy, apesar de pertencer a uma família abastada conquistou o eleitorado prometendo ao povo fazer dos EUA um país melhor. E com a sua determinação e simpatia, ele tornou-se o 35º presidente dos EUA. Vivendo na Casa Branca, a família passa a chamar a atenção do mundo, devido ao carisma do presidente e ao glamour da primeira-dama Jackie Kennedy. 
JFK foi um pai dedicado, seus filhos sempre estavam por perto nos seus momentos de trabalho, até uma escola foi montada na Casa Branca para que os dois recebessem educação dentro do lar. Antes do nascimento de Caroline e John, Jackie perdeu uma filha que morreu antes do nascimento e o último filho, Patrick, que morreu  meses antes do assassinato do presidente.
A família sempre foi marcada por tragédias. O próprio Kennedy com muitos problemas de saúde, quando fez uma cirurgia para colocar uma placa de metal na coluna  teve uma insuficiência pós-operatória que o deixou em coma, recebendo até mesmo a extrema unção, mas ele lutou e sobreviveu.
Mas os olhos do mundo eram voltados para ele, em 1964 era quase certo que chegasse a ser reeleito. Ele precisava conquistar estados americanos onde tinha rejeição. Contava com o apoio de seu irmão Bobby e alguns aliados.  
Quando decidiu partir em uma visita política ao Texas, no dia 22 de Novembro de 1963, na cidade de Dallas, um homem chamado Lee Harvey Oswald queria tornar-se famoso e o jeito que encontrou foi assassinando o presidente dos EUA.
O assassinato foi uma tragédia que abalou e comoveu o mundo, destruindo o sonho americano. O presidente foi baleado com dois tiros de fuzil, tendo morte cerebral instantânea. Mas Lee não viveu muitos dias para aproveitar a fama!
Meu interesse por conhecer um pouco mais da vida de JFK foi despertado quando li A Trilogia O Século de Ken Follett. Este livro é também um mergulho na história, me proporcionou conhecer fatos da história que até então não tinha curiosidade. 
Esta biografia é perfeita, relata de forma muito simples e dinâmica a trajetória de Kennedy até a morte, ele foi realmente um homem de personalidade marcante, era um sedutor implacável em diversas áreas e que deixou seu nome para a história! 


Ano: 2013
Páginas: 336
Editora: LPM


"A maioria das pessoas vive a vida como se o fim estivesse sempre longe. Elas medem os dias em amor, risadas, conquistas e perdas. Há momentos de sol e de tempestade. Há compromissos, ligações telefônicas, ansiedades na carreira, alegrias, viagens exóticas, comidas preferidas, romance, vergonha e fome. Uma pessoa pode ser definida por sua roupa, pelo cheiro de seu hálito, pelo modo como penteia o cabelo, pela forma do torso ou mesmo pelas companhias que mantém.No mundo inteiro, as crianças amam seus pais e esperam amor em troca. Elas ficam felizes quando sentem uma carícia materna ou paterna no rosto. E, mesmo nos piores dias, cada pessoa tem sonhos sobre o futuro – sonhos que às vezes se tornam realidade.Assim é a vida.Mas a vida pode terminar em um piscar de olhos."