Inìcio, Resenhas, Lidos no Mês, Maratonas & Desafios

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sexta-feira, 10 de junho de 2016

O Deus das Pequenas Coisas - Arundhati Roy


Resenha: O livro narra a história do casal de gêmeos Rahel e Estha de sete anos. Os dois vivem com a mãe em Kerala, sul da Índia. Eles inventam histórias perante a família desestruturada formada pela mãe Ammu, uma mulher solitária e infeliz, o tio Chacko, Baby Kochamma e uma mariposa imaginária que pertenceu a um de seus antepassados. A  família tem uma fábrica de geléias e pertencem a burguesia indiana. Há no país manifestações trabalhistas onde parte do povo segue   as tendências comunistas que contrastam com a colonização inglesa. O preconceito referente as castas ainda é muito grande, mas muitas pessoas já deixaram de seguir o hinduísmo. Cristianismo, islamismo e o marxismo já tem seus adeptos. A globalização já adentrou o país e já influencia o povo. 
Mas os gêmeos tem uma grande veneração por  Velutha, um homem negro pertencente a uma casta inferior que foi criado pela família. Velutha trabalha com madeira, faz serviços pequenos e inferiores, mas sem deixar de ser belos e importantes, a ele sobrou apenas as pequenas coisas, que muitas vezes não são vistas por todos. Essa amizade não agrada a família e torna-se proibida.   E uma grande tragédia cai sobre a família no dia em que chega na cidade a filha de tio Chacko. Neste dia, Rahel e Estha descobrem que "as coisas podem mudar num só dia, que as vidas podem ter seu rumo alterado e assumir novas - e feias - formas. Descobrem que elas podem até cessar para sempre". 
A narrativa é intercalada passando de um fato para o outro dentro do mesmo capítulo tornando um pouco difícil a leitura, mas essa forma da autora escrever não deixou a história menos interessante. Gostei muito do livro. Aborda além dos conflitos familiares, preconceitos, violência, política, a condição da mulher, abusos  e muitos assuntos da sociedade indiana da época. Apesar de ser uma história trágica é também muito bonita. O retrato de um povo que só queria ser livre, tanto para viver como para amar.

"Assim, Ammu e seus filhos gêmeos bivitelinos quebraram as Leis do Amor. "Que determinam quem pode ser amado. E como. E quanto".



Ano: 2008
Páginas: 360
Editora: Companhia de Bolso


Foto -Suzanna Arundhati Roy
Suzanna Arundhati Roy, conhecida como Arundhati Roy, é uma escritora, novelista e ativista anti-globalização indiana, também envolvida em causas ambientais e de direitos humanos. Estudou arquitetura e trabalhou em cinema como designer de produção. Escreveu os roteiros de dois filmes. Seu primeiro livro O deus das pequenas coisas (The God of Small Things) ganhou o Booker Prize em 1997 e foi editado em 36 países. Venceu também o Lannan Cultural Freedom Prize em 2002.


domingo, 31 de janeiro de 2016

O Leitor - Bernhard Schlink




Resenha: Michael Berg tinha 15 anos quando conheceu Hanna Schmitz, uma mulher mais velha que ele. Eles se conheceram depois de Michael desmaiar na rua, Hanna ajudou o menino e depois a família insistiu para que ele a procurasse para agradecer a gentileza. 
Michael se apaixona por Hanna e os dois iniciam um relacionamento amoroso, os encontros acontecem sempre as escondidas da família. Hanna é quem domina a relação, deixando Michael totalmente submisso,  inseguro e dependente dela. Hanna pede para que Michael leia vários livros para ela, com o passar do tempo, as leituras tornam-se parte da rotina do casal. Um dia, Hanna desaparece misteriosamente e Michael se desespera. Os anos passam com  Michael sempre lembrando e procurando Hanna por todos os lugares.
Michael integra o grupo em um seminário de direito na universidade e acompanha um julgamento de criminosos nazistas, para sua surpresa uma das acusadas é Hanna. Durante todo o julgamento ele relembra seu relacionamento, questiona todas as atitudes de Hanna, descobre um segredo que ela tentou esconder de todos. Ele tenta não julgá-la pelos seus atos e sim, compreendê-la. 
Existem algumas revelações emocionantes ao decorrer da leitura, fazendo com que o leitor compreenda as atitudes de  Hanna e o sentimento de culpa de Michael. Uma leitura comovente contendo como plano de fundo conflitos da Segunda Guerra Mundial. Livro curto, rápido, vale a pena ler! 





Bernhard Schlink (Bielefeld, 6 de julho de 1944) é um jurista e escritor alemão, professor de Direito e Filosofia na Universidade Humboldt desde 1996. Sua obra de ficção mais renomada é o livro Der Vorleser (O Leitor) publicado em 39 idiomas e adaptado para o cinema pelo diretor inglês Stephen Daldry.

Ano: 2008
Páginas: 240
Editora: Record



domingo, 10 de janeiro de 2016

As Três Irmãs - Anton Tchekhov


RESENHA: As três irmãs, Olga, Irina e Macha vivem em uma cidade provinciana no interior da Rússia e sonham em voltar para Moscou. Macha é casada com um ex-professor que ela não ama e Irina e  Olga são solteiras. As três moram em uma casa junto com o irmão Andrei e a cunhada Natália. Elas passam por momentos de reflexão e lembranças dos tempos em que viviam com os pais em Moscou, tempos de felicidade. Na província, a vida é tediosa e o dia a dia monótono. As três são inconformadas com a vida que levam na província, mas um dia chega um destacamento militar e o comandante Verchinin fica interessado em Irina enquanto dois oficiais cortejam Olga. 
Mas um dia, o destacamento vai embora e uma fatalidade acontece com um dos pretendentes, levando os sonhos das irmãs. E dessa forma, elas acabam se conformando com o que lhes reserva o destino. 
Não costumo ler peças de teatro, mas As Três Irmãs,  composta por quatro atos,  foi uma leitura muito envolvente e prazerosa. Destaca-se na narrativa o anseio das mulheres por mudanças, o inconformismo com a vida submissa sem opções tanto de trabalho como lazer e também o sonho de ser livre. 

"É o destino, nada se pode fazer contra ele. O que a nós parecia sério, importante, de muito valor, com o tempo será esquecido e considerado sem importância."

Ano: 1995
Páginas: 287
Editora: Nova Cultural


O AUTOR - Anton Pavlovitch Tchekhov (29/01/1860, Taganrog, Rússia 15/07/1904, Badenweiler, Alemanha​) - Anton Tchekhov deixou obra extensa: centenas de contos, várias novelas, muitas cartas, uma imensa coleção de autênticas jóias literárias. E a sua obra como dramaturgo não é menos importante: muitas peças curtas, de um ato, a maioria cômicas e satíricas, e cinco obras-primas da dramaturgia ocidental: Ivanov, A gaivota, Tio Vânia, As três irmãs e O jardim das cerejeiras, verdadeiros “clássicos” constantemente representados no mundo inteiro. Em 1901, Tchekhov casou-se com a atriz Olga Knipper. Em 1904 faleceu na Alemanha, vítima de tuberculose. Foi sepultado no cemitério Novodevichy, em Moscou.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Os Herdeiros - William Golding




Resenha: O último grupo de Neandertais liderado pelo homem mais velho, Mal, sai em busca da sobrevivência, procurando abrigo e alimento pela floresta.  Na pequena tribo existem mais dois homens além do líder, Lok e Ha,  as mulheres, Nil, Fa, a "Velha" e duas crianças. Durante a rotina deles, surge a descoberta de um novo grupo, as "novas pessoas" (Homo Sapiens). 
Lok e Fa deparam-se com um novo estilo de vida enquanto observam o comportamento do grupo de humanos, descobrem novos objetos utilizados por eles, inclusive as armas mortais. A inocência dos Neandertais  acaba colocando-os em situação de perigo, pois as "novas pessoas" os veem como os demônios da floresta.
O segundo romance de William Golding,  retrata o encontro dos nossos ancestrais, a visão dos Neandertais, que utilizavam uma linguagem telepática, guiados pelos cheiros, desprovidos de capacidade intelectual sendo movidos mais pela intuição, eram vegetarianos, espiritualistas e seres extremamente pacíficos. As "novas pessoas"  são descritas como pessoas perigosas e violentas que surgiram diante dos herdeiros Neandertais para aniquilá-los. A pesquisa do autor é tão perfeita pois faz o leitor acreditar completamente na história, fiquei com raiva do Homo Sapiens e seu poder de destruição que permanece nos dias atuais.





William Golding nasceu na Inglaterra no dia 19 de setembro de 1911, precisamente na cidade de Santus Columb Minor. Filho de um professor, estudou ciências naturais em Oxford e serviu na marinha britânica na segunda guerra mundial. Sobre essa experiência, diria: "Qualquer pessoa que tenha passado por esses acontecimentos terríveis sem entender que o homem produz o mal como a abelha produz o mel estava cega ou louca ". Recebeu o Nobel de Literatura de 1983. William publicou seu primeiro livro e grande sucesso "O Senhor das Moscas" em 1954. Morreu em 19 de julho de 1993 em Perranarworthal, por insuficiência cardíaca. Fonte: Wikipédia





Ano: 2015
Páginas: 216
Editora: Alfaguara


terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Formas de Voltar para Casa - Alejandro Zambra



Resenha:  "Em vez de gritar, escrevo livros."

Em uma narrativa poética o autor relembra fatos marcantes no Chile, colocando como plano de fundo a ditadura Chilena. A história começa com o protagonista narrando sua infância, a vida junto aos pais e as circunstâncias que conheceu Claúdia, no dia do terremoto em 1985. Desse dia em diante,  Claudia tornou-se sua amiga e atendendo a um pedido dela, começa a espionar a vida do misterioso vizinho Raúl. Com toda sua inocência ele observava a passividade dos pais em relação a ditadura.

"Agora não entendo bem a liberdade de que gozávamos na época. Vivíamos numa ditadura, falava-se de crimes e atentados, de estado de sítio e toque de recolher, e mesmo assim nada me impedia de passar o dia vagando longe de casa. As ruas de Maipú não eram, então, perigosas? De noite sim, e de dia também, mas, com arrogância ou com inocência, ou com uma mescla de arrogância e inocência, os adultos brincavam de ignorar o perigo: brincavam de pensar que o descontentamento era coisa de pobres e o poder, assunto dos ricos, e ninguém era pobre nem rico, pelo menos não ainda, naquelas ruas, naquela época."

Outra parte do livro ocorre vinte anos depois, o protagonista tornou-se um escritor, decide reencontrar Claudia e relembrar fatos de suas vidas, suas dores e fracassos.

"Sabia pouco, mas pelo menos sabia isto: que ninguém fala pelos outros. Que, mesmo que queiramos contar histórias alheias, terminamos sempre contando nossa própria história."

Formas de Voltar Para Casa é dividido em duas partes, passado e presente. É um  livro muito curto mas com um estilo de escrita complexa, onde o autor vira narrador, uma mistura de ficção e memórias. Uma leitura agradável, foi meu segundo livro de Zambra.




Ano: 2014
Páginas: 160
Editora: Cosac Naify

Alejandro Zambra Infantas (Santiago, 24 de setembro de 1975) é um poeta e contador de histórias Chile, selecionado em 2007 pelo Festival Hay e Bogotá Capital Mundial do Livro como um dos 39 escritores latino-americanos com idade inferior a 39 anos mais importantes. Eleito em 2010 pela revista britânica Granta entre os 22 melhores escritores de língua espanhola com menos de 35 anos.


domingo, 3 de janeiro de 2016

Mary Poppins - P. L. Travers


RESENHA - A família Banks procura uma babá para cuidar de seus quatro filhos, Michael, Jane e os gêmeos John e Bárbara. As crianças são levadas e travessas. Os pais, pessoas muito ocupadas,  contratam Mary Poppins, que  chega na casa da família de uma forma inusitada, num dia de tempestade e vento leste.
Logo no primeiro contato,  Michael e Jane já percebem que a babá tem um comportamento um tanto estranho.Mary é uma babá mágica que veio para transformar a vida destas crianças, recheando o dia a dia com muitas aventuras. Ela toma conta da casa e preenche os dias das crianças levando-as para um mundo imaginário habitado por criaturas fantásticas. E assim se passa toda a história, protagonizada por Mary, que é uma criatura de personalidade marcante e singular. 
A história passa-se em Londres, no período vitoriano, época em que babás eram muito requisitadas para tomar conta de crianças. Gostei muito da narrativa, é uma fantasia, onde não deixa de passar alguns valores importantes, como por exemplo, aproveitar o tempo de infância,  aprender através da magia a enfrentar o medo do desconhecido sem deixar de  maravilhar-se em meio a tantas aventuras. 

Mary Poppins é o primeiro livro de uma série de oito livros infanto-juvenis escritos pela escritora australiana Pamela Lyndon Travers (ou P.L. Travers), publicado originalmente em 1934, em Londres.  A Disney adaptou o livro para o cinema em 1964.

Ano: 2014
Páginas: 192
Editora: Cosac Naify




A AUTORA - Pamela Lyndon Travers (nascida Helen Lyndon Goff em Maryborough, 9 de agosto de 1899 - Londres, 23 de abril de 1996) foi uma atriz, jornalista e escritora australiana, mais conhecida por ser autora dos livros com a babá Mary Poppins.

A Casa das Belas Adormecidas - Yasunari Kawabata



Resenha: Eguchi é um senhor de 67 anos que começa a frequentar a casa das belas adormecidas, um lugar onde garotas virgens são utilizadas como companhia para idosos. 
Existe uma peculiaridade na casa das belas adormecidas, as garotas são disponibilizadas em uma cama, em sono profundo, completamente dopadas  para que os clientes idosos possam usufruir de todo prazer.

"Uma mulher mergulhada no sono, que não fala nada, que não ouve nada: não seria, por outro lado, o mesmo que falar tudo, escutar tudo de um velho que já não tem virilidade para fazer companhia a uma mulher?"

Na primeira visita, Eguchi  conhece uma garota adormecida que o impressiona muito, então ele resolve frequentar a casa a cada quinze dias na esperança de revê-la. 
A gerente da casa explica para Eguchi as principais regras, dentre elas, as garotas não retornam para o mesmo cliente, não acordam no meio da visita, não fazem sexo e não podem ser violentadas.
Eguchi continua com suas visitas e cada garota que conhece, ele relembra fatos da sua vida passada, seus amores, suas experiências sexuais com mulheres que marcaram sua juventude. 
A narrativa é bem poética, através do protagonista Eguchi, o autor apresenta diversos temas como velhice, morte, inocência e erotismo. 

"Aos velhos, a morte, aos jovens, o amor; a morte, uma única vez, o amor, infinitas vezes."

A Casa das Belas Adormecidas lembrou muito o livro Memórias de Minhas Putas Tristes de Gabriel Garcia Marques onde o protagonista é um idoso que reflete sobre sua sexualidade na terceira idade. Um livro de poucas páginas que surpreende pelo conteúdo tão rico em detalhes, a trama se passa em uma espécie de bordel onde garotas são tratadas como objetos, mas em nenhuma parte a sexualidade foi destacada de forma vulgar, Yasunari Kawabata foi de uma sutileza incrível.




Ano: 2004
Páginas: 128
Editora: Estação Liberdade


* Yasunari Kawabata (Osaka, 11 de junho de 1899 — Kamakura, Kanagawa, 16 de abril de 1972) foi um escritor japonês, o primeiro de seu país a ser galardoado com o Prêmio Nobel de Literatura, em 1968. Fonte: Wikipédia


Luka e o Fogo da Vida - Salman Rushdie



Resenha: O livro conta a história de Luka Khalifa, 12 anos de idade, grande admirador da vida do pai, Rashid Khalifa que é um contador de histórias. Um dia, Rashid cai em um sono profundo provocado por um feitiço lançado por Capitão Aag, um dono de circo que explorava e maltratava animais. 
Capitão Aag tornou-se um inimigo perigoso após Luka resgatar um cão e um urso, que acabaram virando seus fiéis e verdadeiros amigos. 
Luka conhece o Ninguémpai, uma figura misteriosa, sósia de seu pai, mas que representa a morte e revela para ele uma forma de desfazer o feitiço; viajar  para o Mundo da Magia,  em busca do Fogo da Vida, uma pedra sagrada guardada pelos Deuses e outros seres mágicos.
Luka sai nessa aventura acompanhado pelo cão e o urso, mas ao decorrer do caminho acaba conhecendo novos amigos que o ajudam a chegar ao seu destino. 
Luka e o Fogo da Vida é um livro sobre: seres mitológicos e contém algumas partes lembrando personagens de As Mil e Uma Noites, Rei Artur e Alice no País das Maravilhas. 
Foi meu primeiro contato com o autor, livro escolhido para uma Maratona Literária, com muita magia, realidade e folclore misturados em uma história que pode agradar adultos e crianças. Salman Rushdie escreveu em 1990 as aventuras do irmão de Luka no livro: Haroun e o Mar de Histórias, que pode ser lido de forma independente.



Ano: 2010
Páginas: 208
Editora: Cia das Letras


Salman Rushdie, Bombaim, 19 de Junho de 1947, é um ensaísta e autor de ficção britânico de origem indiana. Cresceu em Mumbai (antiga Bombaim) e estudou na Inglaterra, onde se formou com louvor no King's College, Universidade de Cambridge. O seu estilo narrativo, mesclando o mito e a fantasia com a vida real, tem sido descrito como conectado com o realismo mágico. Rushdie foi condecorado em 15 de junho de 2007 como Cavaleiro Celibatário (Knight Bachelor), fato que provocou diversos protestos no mundo islâmico. Fonte: Wikipédia


sábado, 2 de janeiro de 2016

Almas Mortas - Nikolai Gógol



RESENHA: Pavel Tchitchicov é um homem ambicioso que chega na pequena cidade para conhecer os principais membros da sociedade e comprar servos já falecidos de seus proprietários  rurais. Tchitchicov  utiliza toda sua esperteza para conquistar a simpatia dos figurões, após todos cairem na sua "lábia", ele consegue o que quer: ser dono de almas mortas. O nosso "herói" é uma pessoa sem escrúpulos, mas os outros personagens também demonstram certas fraquezas, bem piores que Tchitchicov. 
Durante a narrativa, Gogol faz questão de deixar bem claro que  só apresentará os personagens mais importantes e relevantes para a história e que não perderá tempo com insignificâncias, isso deixa a leitura muito dinâmica e bem humorada. 
O livro é publicado, em 1842, é nesse toque sarcástico, irônico e crítico que o autor descreve a vida do povo russo,  suas esperanças, sonhos, seus defeitos e qualidades. Segundo informações, Almas Mortas teria mais duas partes, mas Gogol acabou queimando todos os seus manuscritos, deixando a obra  inacabada. 
Não tenho o hábito de ler frequentemente clássicos da Literatura Russa, mas essa obra mesmo incompleta, é uma leitura interessante, pois o tema ainda é bem atual, a desvalorização do ser humano. 



Ano: 2014
Páginas: 279
Editora: Centaur



Nikolai Gógol *Nikolai Vasilievich Gogol, (nasceu em 20 de março de 1809,Velyki Sorochyntsi), foi um proeminente escritor. Sua nacionalidade é motivo de polêmica, pois sua cidade natal fazia parte do Império Russo na época, mas atualmente pertence à Ucrânia. Como consequência, tanto a Rússia quanto a Ucrânia reivindicam a sua nacionalidade. Apesar de muitos de seus trabalhos terem sido influenciados pela tradição ucraniana, Gogol escreveu em russo e sua obra é considerada herança da literatura russa. Toda a sua obra é fundada no realismo, mas um realismo muito próprio, com rasgos do que viria a ser o surrealismo. Fonte: Wikipédia