Inìcio, Resenhas, Lidos no Mês, Maratonas & Desafios

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quarta-feira, 7 de março de 2018

Quarto de Despejo - Carolina Maria de Jesus


 “Há de existir alguém que lendo o que eu escrevo dirá… isto é mentira! Mas, as misérias são reais.” 

O livro de Carolina é escrito em forma de diário onde ela relata seu cotidiano. Moradora da favela, Carolina descreve a triste realidade da sua vida, dos seus filhos e dos seus vizinhos. Ela é uma catadora de lixo, mora em um barraco com três filhos menores, acorda cedo para trabalhar e no tempo restante ela lê e escreve seus diários.
Ela teve uma infância difícil e foi por influência de uma professora que despertou seu amor pela literatura. Apesar do pouco estudo, Carolina se expressa muito bem, a sua escrita é marcada por reflexões profundas sobre as condições políticas e sociais do país.
A fome era uma constante companheira de Carolina, com os seus míseros rendimentos, frequentemente a família ficava sem comida e no desespero, pegavam alimentos estragados nas lixeiras. 

"Quando eu não tinha nada o que comer, em vez de xingar eu escrevia. Tem pessoas que, quando estão nervosas, xingam ou pensam na morte como solução. Eu escrevia o meu diário."

Carolina foi uma porta voz dos favelados, seu diário relata as condições miseráveis que viviam e a constante luta pela sobrevivência. Com uma linguagem simples e com erros gramaticais ela mostra uma realidade nua e crua daqueles que sentem fome.

"É por isso que eu denomino que a favela é o quarto de despejo de uma cidade. Nós, os pobres, somos os trastes velhos."


Ano: 1976
Páginas: 184
Editora: Edibolso

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Canções de Ninar de Auschwitz - Mário Escobar


Resenha: Helene Hannemann era uma alemã que se casou com um cigano e tiveram cinco filhos. Ela vê sua vida transformada quando os soldados da Gestapo batem a sua porta em Berlim, no ano de 1943. 
Helene poderia escolher ficar e continuar a sua vida normalmente, mas como uma boa esposa e mãe dedicada, ela jamais optaria por deixar sua família partir para os horrores de Auschwitz. Como era enfermeira,  foi escolhida por Josef Mengele para ser diretora da creche e escola do campo de concentração. Lá, ela presenciou as misérias humanas, a fome, a crueldade e os mais diversos horrores da guerra.
 Canções de Ninar de Auschwitz é mais um livro que narra as tragédias da guerra e o sofrimento de uma família submetida ao poder dos nazistas. 
Relata também um pouco das experiências do médico Mengele, conhecido como o Anjo da Morte. O autor descobriu a história de Helene através de um amigo e a escreveu para que o mundo a conhecesse. Somente alguns nomes foram alterados, mas a maioria dos fatos são reais. É um livro impactante, assim como todos os outros que já li com essa temática. 

'Era necessária uma energia moral extraordinária para se aproximar da infâmia nazista e não cair no fundo do poço. No entanto, eu conheci muitos internos que souberam ser fiéis à sua dignidade humana até o fim. Os nazistas os degradaram fisicamente, mas não foram capazes de rebaixá-los moralmente.'

Ano: 2016
Páginas: 224
Editora: Harper Collins

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

A Queda - Diogo Mainardi


Resenha: Diogo Mainardi relata neste livro a trajetória de seu filho Tito, vítima de um erro médico em um hospital em Veneza. Em suas memórias, o escritor detalha toda a sua angústia e expectativa em relação ao fato ocorrido com Tito.
Além de detalhar a evolução de uma criança portadora de paralisia cerebral, o  livro possui uma narrativa marcante e recheada de fatos artísticos, descrevendo um pai preocupado e totalmente envolvido no ambiente familiar. É nítido o envolvimento e a importância da presença paterna de Diogo. 
Em suas memórias ele descreve vários tipos de sentimentos, inclusive as suas decepções.  Em alguns momentos ele consegue até mesmo ser humorado frente a um assunto tão sério. 
Foi sem dúvida uma leitura muito envolvente, pois o livro é muito bem detalhado e ilustrado, características que prendem o leitor. 
Fazia um certo tempo que 'A Queda' estava na minha lista, pois acompanho Diogo Mainardi em seu programa  Manhattan Connection, tenho por ele uma certa admiração, pois além de ser escritor, também é um leitor assíduo, produtor, roteirista e um grande crítico de governos populistas. Faz publicações no site O Antagonista usando o seu humor ácido que é uma de suas características marcantes.  
 Para quem aprecia livros de não-ficção bem detalhados e com um rico conteúdo vale a leitura! 

"Cair tem muito mais valor que caminhar".


Ano: 2012
Páginas: 152
Editora: Record

terça-feira, 5 de abril de 2016

O Diário de Rywka - Rywka Lipszy


RESENHA - Rywka Lipszyc era apenas uma menina de 14 anos, que tão jovem sentiu na pele todas as atrocidades da guerra. Em seu diário,  que foi encontrado perto das ruínas de um dos crematórios de Auschwitz, ela relata todas as suas angústias, medos, o trabalho forçado, a fome e a miséria.
Lodz, a cidade onde viveu Rywka se tornou o gueto mais isolado e oprimido da Europa ocupado pelos nazistas. As pessoas viviam sobre constante vigilância, tinham medo da deportação e estavam constantemente doentes. A tuberculose, a desinteria, o tifo e a pneumonia eram as pragas do gueto.  Conforme a condição física as pessoas eram remanejadas para outras ocupações e também deportadas, que era sempre o que elas mais temiam, pois os deportados eram muitas vezes enviados para os campos de extermínio. 
O livro é um relato emocionante, pois é escrito por uma menina que se tivesse vivido uma vida normal acredito que jamais teria registrado em seu diário temas tão pesados e tristes. Por mais que imaginamos o que essas pessoas viveram não é possível ter uma idéia do sofrimento e do quanto a ganância e o poder podem massacrar milhões de vidas. Uma parte no diário que me chamou muito a atenção foi que no gueto tinha uma biblioteca, muito precária, pois não havia muitos livros para as meninas lerem, mas elas liam, mesmo diante de toda essa adversidade encontravam um tempinho para a leitura, achei comovente! 
Mais um livro sobre o tema Holocausto que vale a pena ler! Recomendo!

Nascida em 15 de setembro de 1929, Rywka era a mais velha dos quatro filhos de Yankel e Miriam Sarah Lipszyc. Seu irmão Abram, chamado de Abramek, nasceu em 1932, seguido por Cypora, conhecida como Cipka, que veio ao mundo em 1933. A caçula da família, Estera, apelidada de Tamarcia, nasceu em 1937. Os pais de Rywka eram de Lodz, na Polônia. Yankel — o quinto dos oito filhos de Avraham Dov e Esther Lipszyc — morava com a família muito perto de seus irmãos e de outros parentes. Através de Hadassah, esposa de seu irmão mais velho Yochanan, a família mantinha uma conexão distante com Moshe Menachem Segal, o famoso “último rabino” do gueto de Lodz. 

Ano: 2015
Páginas: 216
Editora: Seguinte

É Isto um Homem? - Primo Levi




Resenha: Primo Levi foi deportado para Auschwitz-Birkenau em 1944, onde ficou onze meses testemunhando as mais terríveis crueldades até ser libertado pelo russos.  Foram enviados para Auschwitz, seiscentos e cinquenta judeus italianos, mas apenas vinte pessoas sobreviveram.
Primo Levi chegou ao campo de concentração em um período que os alemães sofriam da escassez de mão de obra,  eles resolveram prolongar a vida dos judeus, "melhorando" um pouco as condições de vida dos prisoneiros. 

"Vocês que vivem seguros em suas cálidas casas, vocês que, voltando à noite, encontram comida quente e rostos amigos, pensem bem se isto é um homem, que trabalha no meio do barro, que não conhece paz, que luta por um pedaço de pão, que morre por um sim ou por um não.
Pensem bem se isto é uma mulher, sem cabelos e sem nome, sem mais força para lembrar,  vazios os olhos, frio o ventre, como um sapo no inverno. Pensem que isto aconteceu: eu lhes mando estas palavras. Gravem-na em seus corações, estando em casa, andando na rua, ao deitar, ao levantar; repitam-nas a seus filhos. Ou, senão, desmorone-se a sua casa, a doença os torne inválidos, os seus filhos virem o rosto para não vê-los."

Durante os onze meses em Auschwitz, Levi sobreviveu por se comportar de modo quase "invisível", ele fazia de tudo para não se destacar diante dos soldados alemães. Na Universidade de Turim, ele estudou química, por sorte, serviu para compreender um pouco o idioma alemão. Levi conseguiu um trabalho no laboratório de Buna, como assistente, por isso conseguia se proteger do frio severo de Auschwitz, onde muitos prisioneiros não resitiam.
Levi ficou doente e não participou da marcha da morte comandada pelos soldados alemães, ele ficou no campo até a chegada do Exército Vermelho. Passou um período recuperando sua saúde em um campo de concentração desativado pelos russos e depois retornou a Itália. Mas antes de chegar a Turim, visitou outros lugares. Ele relata essa jornada pós Auschwitz em outro livro: A Trégua.
É Isto um Homem? é um livro envolvente, tocante, onde Levi relata a sua terrível experiência dentro de um campo de concentração, a luta pela sobrevivência, a adaptação aos trabalhos que exigiam muita força, a tentativa de fazer laços de amizades em um ambiente onde tudo girava na base da troca, onde a fome prevalecia mais que o espírito de solidariedade e cooperação. Mas ele sobreviveu... Leitura altamente recomendada!

"Na história e na vida de um às vezes parece vislumbrar uma lei feroz que afirma: "para aquele que tem, será dado; para aquele que não tem, será tirado ". 




Ano: 2000
Páginas: 175
Editora: Rocco

sábado, 2 de janeiro de 2016

Os Últimos Dias de John F. Kennedy - Bill O'Reilly, Martin Dugard,


RESENHA - Em 20 de Janeiro de 1961, John Fitzgerald Kennedy foi eleito presidente dos EUA em plena Guerra Fria. Ele não sabia que deste dia em diante teria apenas três anos de vida. Os autores, através de uma elaborada pesquisa, relataram no livro os últimos dias da vida de JFK, destacando fatos do ambiente político americano e mundial, conspirações, momentos íntimos e familiares.
Kennedy, apesar de pertencer a uma família abastada conquistou o eleitorado prometendo ao povo fazer dos EUA um país melhor. E com a sua determinação e simpatia, ele tornou-se o 35º presidente dos EUA. Vivendo na Casa Branca, a família passa a chamar a atenção do mundo, devido ao carisma do presidente e ao glamour da primeira-dama Jackie Kennedy. 
JFK foi um pai dedicado, seus filhos sempre estavam por perto nos seus momentos de trabalho, até uma escola foi montada na Casa Branca para que os dois recebessem educação dentro do lar. Antes do nascimento de Caroline e John, Jackie perdeu uma filha que morreu antes do nascimento e o último filho, Patrick, que morreu  meses antes do assassinato do presidente.
A família sempre foi marcada por tragédias. O próprio Kennedy com muitos problemas de saúde, quando fez uma cirurgia para colocar uma placa de metal na coluna  teve uma insuficiência pós-operatória que o deixou em coma, recebendo até mesmo a extrema unção, mas ele lutou e sobreviveu.
Mas os olhos do mundo eram voltados para ele, em 1964 era quase certo que chegasse a ser reeleito. Ele precisava conquistar estados americanos onde tinha rejeição. Contava com o apoio de seu irmão Bobby e alguns aliados.  
Quando decidiu partir em uma visita política ao Texas, no dia 22 de Novembro de 1963, na cidade de Dallas, um homem chamado Lee Harvey Oswald queria tornar-se famoso e o jeito que encontrou foi assassinando o presidente dos EUA.
O assassinato foi uma tragédia que abalou e comoveu o mundo, destruindo o sonho americano. O presidente foi baleado com dois tiros de fuzil, tendo morte cerebral instantânea. Mas Lee não viveu muitos dias para aproveitar a fama!
Meu interesse por conhecer um pouco mais da vida de JFK foi despertado quando li A Trilogia O Século de Ken Follett. Este livro é também um mergulho na história, me proporcionou conhecer fatos da história que até então não tinha curiosidade. 
Esta biografia é perfeita, relata de forma muito simples e dinâmica a trajetória de Kennedy até a morte, ele foi realmente um homem de personalidade marcante, era um sedutor implacável em diversas áreas e que deixou seu nome para a história! 


Ano: 2013
Páginas: 336
Editora: LPM


"A maioria das pessoas vive a vida como se o fim estivesse sempre longe. Elas medem os dias em amor, risadas, conquistas e perdas. Há momentos de sol e de tempestade. Há compromissos, ligações telefônicas, ansiedades na carreira, alegrias, viagens exóticas, comidas preferidas, romance, vergonha e fome. Uma pessoa pode ser definida por sua roupa, pelo cheiro de seu hálito, pelo modo como penteia o cabelo, pela forma do torso ou mesmo pelas companhias que mantém.No mundo inteiro, as crianças amam seus pais e esperam amor em troca. Elas ficam felizes quando sentem uma carícia materna ou paterna no rosto. E, mesmo nos piores dias, cada pessoa tem sonhos sobre o futuro – sonhos que às vezes se tornam realidade.Assim é a vida.Mas a vida pode terminar em um piscar de olhos."

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Stephen King, a Biografia: Coração Assombrado - Lisa Rogak



Resenha - Quem é Stephen King?
A história da vida de um dos mais famosos escritores do mundo, Stephen Edwin King nasceu no dia 21 de setembro de 1947, prefere ser chamado de Steve,  é uma pessoa que adora levar uma vida simples e foge da fama de celebridade. Ele revela que tem vários medos: do escuro, cobras, ratos, aranhas, lugares fechados, morte, ser incapaz de escrever, voar, número treze  e por aí vai...

“O número treze nunca deixa de me fazer correr um frio na espinha”, escreveu. “Quando estou escrevendo, nunca paro de trabalhar se a página é a número treze ou um múltiplo de treze. Apenas continuo digitando até chegar a um número seguro.”

Uma forma de bloquear os medos foi escrever (e muito) tornando seu principal vício. Desde a infância viveu sempre cercado de livros, de onde buscou inspiração para escrever suas primeiras histórias, “A Artimanha do Sr. Coelho”, quando ele mostrou para sua mãe, a primeira pergunta que fez foi se ele mesmo tinha escrito. Ele disse que "sim", animado com a aprovação, ele escreveu mais quatro histórias sobre o coelho, vendendo cada uma a 25 centavos de dólar e foi a primeira grana que ele ganhou como escritor.
Stephen King era um adolescente de saúde muito frágil,  passou por uma infecção na garganta e ouvido, situações que contribuíram seu atraso nos estudos e fez com que ele odiasse a escola. 
Seu pai abandonou a família, Ruth (sua mãe) teve que trabalhar muito para manter Stephen e Dave. Eles tiveram que se virar sozinhos em casa, como não tinha muita disciplina e longe do monitoramento de Ruth, Stephen começou a se interessar por ficção científica, gibis de horror e programas de rádio com Ray Bradbury, tornaram-se fortes influências na sua carreira.  
Em 1966, Stephen foi estudar na Universidade do Maine, onde  conheceu Tabitha e casaram-se em 1971, nessa época ele começou a escrever sob o pseudônimo de Richard Bachman. Depois de aumentar a família, Stephen King começou a escrever histórias curtas para vender para algumas revistas, somente quando escreveu seu primeiro romance, Carrie (1974),  que obteve lucro e reconhecimento. Stephen King envia uma cópia de Carrie para a mãe, que morre vítima de câncer antes da publicação do livro.

“Depois de sua morte, muitos anos depois, descobri que ela várias vezes deixou de fazer refeições para nos mandar aquele dinheiro, que nós aceitávamos sem pensar muito.” 

Nessa época, as drogas e o alcool foram motivos  de muitas preocupações para os familiares e amigos do escritor, após quase duas décadas de vício é que Stephen King resolveu lutar contra a dependência. 
No final da década de 90,  Stephen sofre um terrível acidente, com várias fraturas graves e perda de memória, foram alguns meses para recuperar-se e retornar para a escrita.

King contou que escreve todos os dias. "Eu sento lá pelas oito horas e quinze e trabalho até meio-dia, e durante esse período tudo é real”, afirmou ele a Neil Gaiman. Steve estima escrever entre 1.200 e 1.500 palavras diariamente. “Se não escreve ele não fica feliz”, diz Gaiman. “Se escreve, o mundo é um lugar melhor. Então ele escreve. Simples assim.

Stephen King é um autor talentoso, consagrado pelas suas obras que fazem parte da lista das mais traduzidas no mundo, muitas dessas obras foram adaptadas para o cinema e TV e outras estão sendo aguardadas, como: Novembro de 63 e A Torre Negra. Uma vida fascinante, admirado e amado por seus leitores fiéis,  que sempre estão a procura de explorar seus livros, contos e filmes. Só tenho uma observação a fazer: Cuidado! Suas obras são altamente viciantes! 

“Todas essas substâncias viciantes são parte do lado ruim do que fazemos”, afirmou. “Acho que é parte desse acordo obsessivo que faz de você um escritor em primeiro lugar, que faz com que você tenha vontade de escrever tudo isso. Escrever é um vício para mim. Mesmo quando o texto não vai bem, se eu não o fizer, fico irritado.



Ano: 2013
Páginas: 320
Editora: DarkSide Books

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Adeus, China, O último bailarino de Mao - Li Cunxin


RESENHA -   Adeus China, é um livro de memórias que conta a história de vida de Li Cunxin, O Último Bailarino de Mao.
Li nasceu na província de Shandong e era filho de uma família de camponeses. Ele viveu lá até os 10 anos, junto com seus pais e seis irmãos. Enfrentavam muitas dificuldades, dentre elas a falta de alimentos, roupas e moravam em uma casa simples e muito pequena. Mas um dia duas pessoas ligadas ao governo do grande chefe Mao, visitam o vilarejo em busca de crianças para receberem formação cultural e Li é escolhido junto com outro colega para a Academia de Dança de Pequim.
O menino parte sonhando com melhores condições de vida pra ele e sua família. Sua mãe lhe diz: 

"Nunca esqueça a sua origem. Trabalhe duro e construa a sua vida. Não olhe para tras! Aqui só fome e sacrifícios."

Na academia a vida não é fácil, Li sofre com a saudade da família e de seu mundo na comuna. Mas ele faz amizades e tem nos professores exemplos de determinação. E a dança se desperta aos poucos, e novos caminhos se abrem. E a sorte bate novamente na sua porta, uma nova oportunidade surge em sua vida, dessa vez estudar no Ocidente, precisamente nos EUA com a autorização do governo chinês. 
E quando chega no novo mundo, o impacto cultural é muito grande, tudo que Li aprendeu dentro do comunismo, deixa de ter o mesmo valor, ele passa a questionar aquilo que aprendeu, faz comparações e prova o gosto da liberdade. A narrativa é feita em primeira pessoa, de forma muito simples, muitos costumes chineses e passagens da história política são explicados em detalhes e leva o leitor também a fazer comparações, de que como política e grandes líderes podem influenciar no desenvolvimento de uma nação.

"Tudo nos era imposto: o que fazer, quando trabalhar, quanto receber, onde viver e quantos filhor ter. Minhas crenças comunistas entraram em choque com as lembranças da América..."


Adeus China, é um livro emocionante! Li é um exemplo de coragem e de que nada é impossível para um ser humano determinado. E que oportunidades não devem ser desperdiçadas! 

O filme baseado no livro foi lançado em 2011.


Li e Mary

Nota 

Ano: 2012
Páginas: 400
Editora: Fundamento