Inìcio, Resenhas, Lidos no Mês, Maratonas & Desafios

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quarta-feira, 7 de março de 2018

De Quanta Terra Precisa o Homem? - Liev Tolstói



Uma história curta que Tolstói escreveu para o público infantil, transmite mensagens reflexivas sobre a natureza humana que são válidas para os adultos também. O conto relata sobre o descontentamento do camponês Pahkóm por ter poucas terras. Após ouvir uma discussão entre sua esposa e a cunhada, ele reflete sobre suas condições e decide que precisa ampliar sua fazenda. Quando ele diz: "Se eu tivesse muita terra, não temeria nem mesmo o próprio diabo", Pahkóm nem imagina que ele, o próprio diabo, escuta e resolve desafiá-lo. E Pahkóm cai em tentação e torna-se uma pessoa insatisfeita com os bens que conquista e cada vez quer mais.
O conto é maravilhoso e traz uma lição de moral necessária, sobre as consequências da ambição desmedida. As ilustrações são lindas e a história é simplesmente perfeita.




Ano: 2009
Páginas: 56
Editora: Companhia das Letrinhas

quarta-feira, 1 de março de 2017

As Três Irmãs - Anton Tchekhov



Resenha: Maria,  Olga e Irina levam uma vida monótona em uma cidade do interior da Rússia. Para tentar sair do tédio, elas planejam morar em Moscou, onde acham que todos os conhecimentos adquiridos combinam mais com o lugar. 
Enquanto nada acontece, elas tem um convívio social com alguns conhecidos, todos se reunem na casa das três irmãs e dividem com elas suas frustrações e seus sonhos.
Maria (Macha) é casada e parece descontente com seu casamento, Olga é uma competente diretora de uma escola e Irina sonha com um casamento perfeito. Elas ainda tem um irmão, Andrei viciado em jogo, casado com Natália que quer comandar a casa delas. 
Os capítulos são divididos em atos, mesclando a interação dos personagens. Não há tantos detalhes e descrições sobre cada um. Tudo gira em torno das três irmãs e o descontentamento diante da vida provinciana. 
Nesse livro, Anton  Tchekhov relata em forma de peça de teatro a vida de três mulheres  que sonham com mudanças mas que apesar dos obstáculos encontrados no caminho nunca perdem a esperança.

“Muitas vezes penso: e se recomeçássemos a vida, desta vez conscientemente? Se vivêssemos uma vida como quem faz um rascunho, e pudéssemos vive-la de novo passada a limpo? Então cada um de nós teria sobretudo tentado não se repetir e tentado criar condições devida diferentes, uma casa florida, como esta, cheia de claridade.”



Ano: 2008
Páginas: 83
Editora: Global Editora



domingo, 8 de janeiro de 2017

Pais e Filhos - Ivan Turguêniev


Resenha: Arkádi visita a terra de seus pais e leva como acompanhante, seu amigo e mentor Bazárov, que é um niilista (visitinha básica pelo Google para verificar o significado: é a negação de todo e qualquer princípio religioso, social e político, não vê utilidade na existência), ou seja, uma pessoa cética, descrente, tudo é um imenso vazio. 
Essa visita causa polêmica na casa de Arkádi, seus familiares fazem parte de uma sociedade russa tradicionalista, proprietários de terras e tem inúmeros servos. Eles não se adaptam a nova doutrina que na época causou muita polêmica entre os russos extremamente conservadores. 
O livro retrata a relação de pais e filhos, os conflitos, as diferenças de opiniões, a aceitação das mudanças que acontecem a cada geração. Através do personagem Bazárov, o autor destaca uma grande mudança de valores que aconteceu na Rússia (1800). 
Esse importante clássico da literatura causou alguns transtornos para Turguêniev, que foi acusado por influenciar pessoas a cometerem atos criminosos.
A narrativa é bem fluída, a história envolvente, leitura fácil, estava com medo de pegar uma escrita truncada, mas não foi o caso, um ótimo clássico russo.  



Ano: 2004
Páginas: 360
Editora: Cosac Naify



domingo, 10 de janeiro de 2016

As Três Irmãs - Anton Tchekhov


RESENHA: As três irmãs, Olga, Irina e Macha vivem em uma cidade provinciana no interior da Rússia e sonham em voltar para Moscou. Macha é casada com um ex-professor que ela não ama e Irina e  Olga são solteiras. As três moram em uma casa junto com o irmão Andrei e a cunhada Natália. Elas passam por momentos de reflexão e lembranças dos tempos em que viviam com os pais em Moscou, tempos de felicidade. Na província, a vida é tediosa e o dia a dia monótono. As três são inconformadas com a vida que levam na província, mas um dia chega um destacamento militar e o comandante Verchinin fica interessado em Irina enquanto dois oficiais cortejam Olga. 
Mas um dia, o destacamento vai embora e uma fatalidade acontece com um dos pretendentes, levando os sonhos das irmãs. E dessa forma, elas acabam se conformando com o que lhes reserva o destino. 
Não costumo ler peças de teatro, mas As Três Irmãs,  composta por quatro atos,  foi uma leitura muito envolvente e prazerosa. Destaca-se na narrativa o anseio das mulheres por mudanças, o inconformismo com a vida submissa sem opções tanto de trabalho como lazer e também o sonho de ser livre. 

"É o destino, nada se pode fazer contra ele. O que a nós parecia sério, importante, de muito valor, com o tempo será esquecido e considerado sem importância."

Ano: 1995
Páginas: 287
Editora: Nova Cultural


O AUTOR - Anton Pavlovitch Tchekhov (29/01/1860, Taganrog, Rússia 15/07/1904, Badenweiler, Alemanha​) - Anton Tchekhov deixou obra extensa: centenas de contos, várias novelas, muitas cartas, uma imensa coleção de autênticas jóias literárias. E a sua obra como dramaturgo não é menos importante: muitas peças curtas, de um ato, a maioria cômicas e satíricas, e cinco obras-primas da dramaturgia ocidental: Ivanov, A gaivota, Tio Vânia, As três irmãs e O jardim das cerejeiras, verdadeiros “clássicos” constantemente representados no mundo inteiro. Em 1901, Tchekhov casou-se com a atriz Olga Knipper. Em 1904 faleceu na Alemanha, vítima de tuberculose. Foi sepultado no cemitério Novodevichy, em Moscou.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Almas Mortas - Nikolai Gógol



RESENHA: Pavel Tchitchicov é um homem ambicioso que chega na pequena cidade para conhecer os principais membros da sociedade e comprar servos já falecidos de seus proprietários  rurais. Tchitchicov  utiliza toda sua esperteza para conquistar a simpatia dos figurões, após todos cairem na sua "lábia", ele consegue o que quer: ser dono de almas mortas. O nosso "herói" é uma pessoa sem escrúpulos, mas os outros personagens também demonstram certas fraquezas, bem piores que Tchitchicov. 
Durante a narrativa, Gogol faz questão de deixar bem claro que  só apresentará os personagens mais importantes e relevantes para a história e que não perderá tempo com insignificâncias, isso deixa a leitura muito dinâmica e bem humorada. 
O livro é publicado, em 1842, é nesse toque sarcástico, irônico e crítico que o autor descreve a vida do povo russo,  suas esperanças, sonhos, seus defeitos e qualidades. Segundo informações, Almas Mortas teria mais duas partes, mas Gogol acabou queimando todos os seus manuscritos, deixando a obra  inacabada. 
Não tenho o hábito de ler frequentemente clássicos da Literatura Russa, mas essa obra mesmo incompleta, é uma leitura interessante, pois o tema ainda é bem atual, a desvalorização do ser humano. 



Ano: 2014
Páginas: 279
Editora: Centaur



Nikolai Gógol *Nikolai Vasilievich Gogol, (nasceu em 20 de março de 1809,Velyki Sorochyntsi), foi um proeminente escritor. Sua nacionalidade é motivo de polêmica, pois sua cidade natal fazia parte do Império Russo na época, mas atualmente pertence à Ucrânia. Como consequência, tanto a Rússia quanto a Ucrânia reivindicam a sua nacionalidade. Apesar de muitos de seus trabalhos terem sido influenciados pela tradição ucraniana, Gogol escreveu em russo e sua obra é considerada herança da literatura russa. Toda a sua obra é fundada no realismo, mas um realismo muito próprio, com rasgos do que viria a ser o surrealismo. Fonte: Wikipédia


sábado, 7 de novembro de 2015

A Morte de Ivan Ilitch - Leon Tolstói


RESENHA - 'A morte de Ivan Ilitch' possui uma narrativa tocante e real sobre a trajetória de um homem com nome renomado na sociedade. O livro começa relatando a morte de Ivan e depois passa a fazer uma retrospectiva da sua vida.
Relata fatos onde há gestos mesquinhos. Pessoas visando lucros. Os familiares fazendo seus planos para o futuro. Ivan relembra sua juventude, seus erros, seus pais e irmãos. Fala do casamento e suas consequências, enfim traça toda a sua vida até chegar ao leito de morte, onde percebe que teve poucas pessoas com as quais realmente pode contar. 
Tolstoi descreve a morte de uma forma realista, fazendo com que o leitor reflita. Também é uma crítica em relação a conduta do ser humano, que está mais preocupado com as suas conquistas materiais e esquece que um dia chegará o fim. 


Ano: 1997
Páginas: 104
Editora: L&PM Pocket


O livro foi publicado pela primeira vez em  1886.
Nas palavras do crítico Otto Maria Carpeaux: "A Morte de Ivan Ilitch é uma das obras mais comoventes e mais pungentes da literatura universal, talvez a obra-prima de Tolstói".
O escritor russo Vladimir Nabokov considerava-a uma das obras máximas da Literatura Russa.