Inìcio, Resenhas, Lidos no Mês, Maratonas & Desafios

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domingo, 25 de dezembro de 2016

Evangelho de Sangue - Clive Barker


Resenha: Harry D’Amour é um detetive particular especializado em casos sobrenaturais ligados a demônios. 
Ele tem uma grande amiga chamada Norma, uma mulher sensitiva que sempre está lhe apresentando casos sombrios para desvendar. Um deles está ligado a caixa de Lemarchand, que leva Harry e seus amigos: Norma, Caz, Lana e Dale para o Inferno perseguindo Pinhead, o Cenobita (quem leu Hellraiser, vai matar a saudade).
A grande aventura no inferno tem partes bem bizarras e sangrentas, um show de terror, bem o estilo Clive Barker. 
Uma batalha de demônios importantíssima foi travada e Harry é a testemunha escolhida pelo Cenobita, mas ele vai ter que arriscar a sua vida e a de seus amigos para ver o grande final.
Para quem se interessar em ler Evangelho de Sangue, acho importante acompanhar o livro Hellraiser, que explica muito sobre o mundo dos Cenobitas. Harry D’Amour é um personagem da série Livros de Sangue, e bem que poderia retornar em outras aventuras.


Ano: 2016
Páginas: 360
Editora: DarkSide Books

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Sete Minutos Depois da Meia-Noite - Patrick Ness


Resenha: Sete Minutos Depois da Meia-noite é um livro que mescla fantasia e realidade. Conta a história de Conor, um menino de 13 anos, cuja mãe está muito doente. Conor sofre muito na escola, pois seus colegas o perseguem. Ele não tem afinidade com a avó e seu pai vive em outra cidade e é um pai ausente. 

Todas as noites, ele tem pesadelos com um monstro que conta histórias com mensagens subentendidas. O monstro faz perguntas, das quais Conor teme as respostas. 

'Você não escreve sua vida com palavras — explicou o monstro. — Você escreve com ações. O que você pensa não é tão importante. Só é importante o que você faz.'

O livro possui uma narrativa simples que prende o leitor do início ao fim da leitura. Além do toque de terror e realidade, o autor trata de outros assuntos, como o sentimento de perda, culpa, medo de enfrentar a solidão e a coragem para superar as dificuldades da vida. Um ótimo livro que vale cada página! 
Este livro foi publicado pela primeira vez em 2011 com o título "O Chamado do Monstro" pela Editora Ática e novamente com o título atual pela Editora Novo Conceito, a partir do original de Siobhan Dowd, uma escritora do Reino Unido vítima de câncer de mama em 2007. 
Foi adaptado para o cinema com o título 'O Chamado do Monstro' e ainda não foi lançado no Brasil.


Ano: 2016 
Páginas: 160
Editora: Novo Conceito


terça-feira, 11 de outubro de 2016

Contos de Terror do Tio Montague - Chris Priestley





Resenha - O livro é uma coletânea de contos de terror onde o personagem Edgar é o ouvinte das histórias horripilantes de seu tio Montague. O tio do menino é um homem solitário e misterioso que vive sozinho em uma casa um tanto estranha na companhia de um mordomo que nunca aparece. Em meio a tanto mistério e um ambiente sombrio, tio Montague relata suas histórias para o sobrinho. 
As histórias são macabras, recheadas de mistério, casas mal-assombradas, objetos misteriosos, demônios, sons estranhos, vultos e monstros. 
Edgar procura o tio para passar as horas, pois em sua casa seus pais não lhe dão a devida atenção e termina sempre por ficar envolvido nas narrativas do tio perdendo as horas de voltar para casa, pois o assunto sobre o além o encanta. 
No último conto o tio Montague fala da sua vida para o sobrinho, e dessa forma Edgar entende muito sobre a vida misteriosa do tio. 
Gostei muito dos contos, são todos muito bem escritos, com grande toque de terror e mistério mas o que mais me encantou foi 'A Moldura Dourada'. O autor Chris Priestley sempre teve interesse por histórias arrepiantes desde jovem. Tanto é grande a influência que ele usou os nomes dos dois personagens para homenagear dois grandes escritores do gênero: M. R. James (Montague Rhodes James) e Edgar Allan Poe, que são seus inspiradores. Dependendo do leitor é um livro não recomendado para ler a noite! 

“Estas coisas à nossa volta são... como posso dizer?... possuídas por uma energia curiosa. Elas ressoam com a dor e o terror a que estão atreladas. Meu estúdio virou um repositório desses objetos. Eu coleciono o que ninguém quer, Edgar, as coisas assombradas, amaldiçoadas... as coisas malditas.”



Ano: 2008
Páginas: 256
Editora: Pavio

domingo, 8 de maio de 2016

Meio Sol Amarelo - Chimamanda Ngozi Adichie


Resenha: Meio Sol Amarelo é um livro surpreendente! Narrado por três dos personagens mais importantes da história (Olanna, Richard e Ugwu), sendo que Olanna é uma mulher negra determinada movida pela emoção, filha de uma família rica, seu pai é um empresário importante na Nigéria. Ela tem uma irmã gêmea mas não são idênticas; Kainene é o oposto da irmã, pois  nela destaca-se a razão e os caminhos das duas, embora sigam linhas retas em alguns pontos da história se cruzam, travando entre elas algumas disputas onde os sentimentos fraternos vão falar mais alto. 
Outro personagem é o jornalista Richard, um britânico namorado de Kainene que tenta escrever um livro sobre a guerra civil da Nigéria no final da década de 1960.
Ugwu é um menino proveniente de um pequeno vilarejo e  vai trabalhar com Odenigbo, um professor revolucionário namorado de Olanna.
A vida destes personagens se entrelaçam quando explodem os conflitos com a tentativa de libertar o estado de Biafra. Lutas sangrentas são travadas em nome da liberdade e o sangue é derramado nas ruas dos vilarejos. As pessoas se refugiam para escapar dos bombardeios. A fome e as doenças atingem a todos e o  caos que se instalou nas ruas durante este período matou milhares de pessoas. 
Foi o primeiro livro de Chimamanda que li e a autora me cativou com a sua narrativa. Todos os personagens tem importância na história, bem construídos e cada um contribuindo para que a história se tornasse tão grandiosa.
 No final do livro a autora fala sobre os fatos históricos que ela usou para enriquecer o livro que foi a Guerra Nigéria-Biafra de 1967 a 70 mas que ela usou personagens fictícios para retratar as próprias verdades imaginadas e não os fatos da guerra, pois a guerra, segundo ela é muito feia. O livro é um retrato do sofrimento de um povo. Vale a pena ler para conhecer um pouco da história do povo africano que não é diferente da história de luta de outros povos. 

"  O vovô costumava dizer que tudo piora e aí melhora."

Ano: 2008
Páginas: 504
Editora: Companhia das Letras

terça-feira, 5 de abril de 2016

O Filho de Mil Homens - Valter Hugo Mãe


RESENHA - O livro começa com a história de Crisóstomo, um pescador solitário que imagina-se incompleto pois falta-lhe na vida um filho. 
Nos capítulos seguintes, surgem outros personagens que o autor descreve ressaltando os sonhos, as frustrações e angústias de cada um. Camilo, o órfão que desconhece a sua origem. Isaura, uma moça que busca um amor. Dona Matilde, uma senhora insatisfeita com a maternidade. Antonino, um jovem rapaz que se julga diferente dos outros. Enfim, todas essas pessoas são importantes na narrativa, pois suas vidas se cruzam mais a frente, tornando uma única história. Eles tem em comum a solidão e a busca pela felicidade. 
Crisóstomo conhece então o menino Camilo, e a partir daí e com a inclusão dos outros personagens na narrativa e a história se transforma em um enredo poético e rico de emoções.
A história passa em um pequeno vilarejo onde existem pessoas ambiciosas, invejosas e muito preconceito, o que é natural em localidades provincianas. 
O Filho de Mil Homens, além de poético é um livro que transmite uma mensagem bem real sobre os objetivos das pessoas e o que elas buscam na vida. 
Foi o primeiro livro do autor que li, e mesmo sendo escrito no português de Portugal, não tive dificuldades em apreciar a leitura. Lembra um pouco a narrativa de Mia Couto. Além de passar as mensagens realistas tem também um lado cômico. No final do livro o autor diz que pensou em não publicar a obra, ainda bem que ele mudou de idéia! Quero ler outros títulos!


"Todos nascemos filhos de mil pais e de mais de mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. Como se nossos mil pais e nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós."
Ano: 2012
Páginas: 208
Editora: Cosac Naify

domingo, 3 de abril de 2016

a máquina de fazer espanhóis - Valter Hugo Mãe




Resenha: Antônio Jorge da Silva, mais conhecido por Sr. Silva é um homem de 84 anos que recentemente perdeu a esposa, Laura. Contra a sua vontade, ele é colocado em um asilo (Feliz Idade). (obs: algumas partes da história são descritas de uma forma bem irônica pelo Sr. Silva).  

"o lar da feliz idade, assim se chama o matadouro para onde fui metido." 

Nessa nova fase de vida do Sr. Silva iniciam-se muitas descobertas, ainda sofrendo com a perda da esposa e ressentido pelo abandono da família, ele chega no asilo muito revoltado, descontando sua raiva e frustração em todos que tentam se aproximar. Aos poucos o Sr. Silva começa a perceber o drama dos outros idosos que estão ao seu redor e lindas amizades são feitas por descobrirem que eles tem muito em comum. 

"estamos aqui para fazer coisas que nunca fizemos, é também isso que significa a velhice, estarmos velhos da cabeça."

O livro apresenta uma história que aborda a velhice e várias questões que giram em torno dela, como a solidão, o abandono, o medo da morte. As amizades entre os idosos do asilo são encantadoras e emocionantes. Existem outros personagens que acrescentam a história e interagem com o Sr. Silva; a idosa Dona Marta, na minha opinião, foi muito marcante. 
Primeira leitura de uma obra do Valter Hugo Mãe, ele escreveu este livro, criou personagens cativantes para homenagear seu pai, que infelizmente faleceu antes da terceira idade.  
Acostumei facilmente com a escrita em letras minúsculas, livros de escritores portugueses não estão frequentemente na minha TBR, mas gostei de conhecer a máquina de fazer espanhóis. Vale a pena a leitura!

"nunca nos preparamos para a realidade, passamos a ser cidadãos terrivelmente antipáticos, mesmo que façamos uma gestão inteligente desse desprezo que alimentamos crescendo, e só não nos tornamos perigosos porque envelhecer é tornarmo-nos vulneráveis e nada valentes, pelo que enlouquecemos um bocado e somos só como feras muito grandes sem ossos, metidas dentro de sacos de pele imprestáveis que já não servem para nos impor verticalidade nem nas mais pequenas batalhas."




Ano: 2011 
Páginas: 256
Editora: Cosac Naify




quarta-feira, 9 de março de 2016

Dias de Chuva e Tempestade - Nancy Pickard


RESENHA - Uma história ambientada numa pequena cidade no interior do Kansas, conhecida como Rose, onde as famílias dedicavam-se a atividade rural, destacando a criação de gado e plantações e são pessoas influentes na sociedade.
Há 23 anos um crime foi cometido, e o pai de Jody, Hugh-Jay Linder foi assassinado e sua mãe Laurie desapareceu. O assassino trabalhava na fazenda dos avós de Jody, Billy Crosby, um vaqueiro rebelde e alcoólatra que sempre estava causando confusões. Mas com o passar dos anos, o filho de Billy tornou-se advogado e não acreditava na culpa do pai, para ele a verdade foi manipulada levando seu pai para a prisão como culpado pelos crimes. E após os 23 anos com a volta de Billy para a cidade uma reviravolta acontece no caso. Jody quer saber a verdade e para isso confronta a família em busca dos fatos, ela precisa saber o que aconteceu realmente com os pais, será Billy realmente o culpado ou existe alguém guardando um segredo?

O livro é narrado no presente e no passado, relembrando todo o cotidiano da família, o relacionamento dos filhos, o trabalho de cada um e a vida na sociedade local descrevendo os personagens até o dia do crime. Traça também um pouco o perfil psicológico de todos, e isso faz com que o leitor simpatize ou não com os personagens, ou seja, a autora soube construí-los muito bem, fazendo com que a trama toda ficasse bem amarrada. Desconfiei de várias pessoas e me surpreendi com o desfecho. É um ótimo livro, mantém o clima de suspense até o final!


Ano:2012
Páginas:227
Editora:Arqueiro


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Cinzas do Norte - Milton Hatoum




Resenha: Lavo e Mundo são amigos de infância e suas famílias se conhecem há muito tempo. Uma convivência marcada por ressentimentos e cheia de segredos do passado.
Lavo é muito centrado nos estudos, sonha em ser advogado. Menino órfão, criado por sua tia Ramira e pelo tio Ranulfo. Ramira é uma costureira, trabalha com afinco para manter a casa, uma mulher amargurada e ressentida que vive discutindo com Ranulfo. Ranulfo, ou tio Ran, é um sujeito sonhador, eternamente apaixonado pela mãe de Mundo. Vive de bicos e golpes, não sente vergonha em ser sustentado pela irmã.
Mundo Mattoso tem paixão pelas obras de artes, adora desenhar, mas seu pai, Jano, um rico empresário de Manaus, quer educar seu filho para ser seu sucessor nos negócios. A sua mãe Alícia é uma mulher viciada em jogos e alcool, protege e defende o filho das agressões de Jano, que não aceita as inclinações artísticas de Mundo.
Mundo expõe a revolta que tem do pai, criando obras de artes, fazendo cursos e expondo seus trabalhos como manifesto contra o militarismo, o regime que o pai defende.
Entre revoltas e afrontas, Mundo e Jano Mattoso tornam-se verdadeiros inimigos. Pai e filho não se combinam e Mundo dedica todo o seu tempo para atacar seu pai e seus amigos militares.  
Alícia, Lavo e tio Ran defendem o menino da maldade do pai. Quando surgem as situações conflitantes alguns segredos do passado vêm a tona, revelando antigas paixões, mágoas e traições.
O livro é narrado por Lavo, que relembra a convivência com a família Mattoso, seus tios e todos os acontecimentos marcantes da vida de Mundo, seu melhor amigo.
A história é ambientada em Manaus nos ano 50, 60 e 70, quando a cidade estava se estruturando, a miséria e a vida simples imperava, os "barões" estavam no comando, inclusive os militares. O desmatamento estava iniciando para dar lugar a vários prédios e grandes empresas.
Através do personagem Mundo é destacado a exploração da fauna e flora de forma gananciosa durante o poder militar.
Um livro maravilhoso e envolvente. Os segredos revelados não são tão misteriosos assim para o leitor, a partir da metade da história já contem algumas dicas, mas a trama segue bem interessante, pois é preciso saber as reações dos personagens e o desfecho de cada um. Uma história linda e muito triste! Totalmente recomendado!
Cinzas do Norte é o terceiro romance de Milton Hatoum, ganhador do Prêmio Jabuti/Categoria Romance/2006




Ano: 2005
Páginas: 312
Editora: Companhia das Letras


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Blasfêmia - Pathy dos Reis; Maria Carolina Passos




Resenha: Em 1997, Claire Price retorna a cidade de Salina, onde passou sua infância. Na estrada, dirigindo seu carro, ela escuta pelo rádio a notícia de um terrível assassinato que ocorreu na pacata cidade. Uma pessoa foi assassinada e o que chamou a atenção de Claire, foi que a vítima teve o dedo do pé decepado. 
Essa notícia fez Claire relembrar fatos que ocorreram em 1984, quando tinha vinte anos e ela e sua família seguiam a religião dos Mórmons, que era a religião predominante em toda a cidade. Lembrou do acontecimento mais marcante da sua vida, o dia em que o irmão Rob foi encontrado assassinado em frente a casa do bispo, coincidentemente com os dedos cortados. 

Na época, ela e o chefe da polícia, encontraram na cena do crime, um baú contendo bilhetes com trechos bíblicos deixados pelo assassino. Claire se revoltou contra os mórmons e confrontou o bispo e todos os fiéis, culpando-os pela tragédia do irmão. 

O tempo passa e mais tragédias acontecem na vida de Claire e o assassinato do irmão segue sem solução. 

Claire consegue um emprego com Brian, que foi seu amigo de infância e atualmente é proprietário de um jornal de Salina. Como jornalista, Claire faz uma investigação minuciosa sobre o recente assassinato e também tenta descobrir alguma pista sobre o crime do irmão.

Qual a relação entre os dois crimes? Será que foram cometidos pela mesma pessoa? Será que o recente assassinato é somente uma cópia do crime ocorrido 12 anos atrás com seu irmão?
Através de um complexo quebra cabeça, Claire se envolve em uma trama misteriosa que assombra a cidadezinha, ela enfrenta e relembra todo o terror de sua tragédia familiar para encaixar todas as peças e tentar desvendar os crimes bizarros.
A capa é super sugestiva, a leitura instigante, um ritmo envolvente e eletrizante, surpreende no final, mas eu queria mais!




Ano: 2015
Páginas: 272
Editora: Leya

sábado, 9 de janeiro de 2016

Desafio Literário 500+


  
O objetivo do Desafio 500+ é ler livros "tijolões", que são aqueles livros com muitas páginas e que na maioria das vezes ficam guardados nas nossas estantes/e-readers. Para dar aquele "empurrãozinho" o Blog Diário de Leitura criou este Desafio que consiste em ler livros acima de 500 páginas até Dezembro de 2016.

Como participar: Fazer um cronograma com os livros que pretende ler (pode ser editado caso queira alterar os títulos e a quantidade); Publicar  foto de capa, autor, título, número de páginas e uma resenha ou comentário sobre sua leitura; Não vale releitura; 

O Desafio Literário 500+ estará sendo realizado em um Evento no Grupo Diário de Leitura.
No final do Desafio será sorteado um brinde surpresa entre os participantes. 

Link do Grupo: http://zip.net/bkrmTt

sábado, 2 de janeiro de 2016

Os Últimos Dias de John F. Kennedy - Bill O'Reilly, Martin Dugard,


RESENHA - Em 20 de Janeiro de 1961, John Fitzgerald Kennedy foi eleito presidente dos EUA em plena Guerra Fria. Ele não sabia que deste dia em diante teria apenas três anos de vida. Os autores, através de uma elaborada pesquisa, relataram no livro os últimos dias da vida de JFK, destacando fatos do ambiente político americano e mundial, conspirações, momentos íntimos e familiares.
Kennedy, apesar de pertencer a uma família abastada conquistou o eleitorado prometendo ao povo fazer dos EUA um país melhor. E com a sua determinação e simpatia, ele tornou-se o 35º presidente dos EUA. Vivendo na Casa Branca, a família passa a chamar a atenção do mundo, devido ao carisma do presidente e ao glamour da primeira-dama Jackie Kennedy. 
JFK foi um pai dedicado, seus filhos sempre estavam por perto nos seus momentos de trabalho, até uma escola foi montada na Casa Branca para que os dois recebessem educação dentro do lar. Antes do nascimento de Caroline e John, Jackie perdeu uma filha que morreu antes do nascimento e o último filho, Patrick, que morreu  meses antes do assassinato do presidente.
A família sempre foi marcada por tragédias. O próprio Kennedy com muitos problemas de saúde, quando fez uma cirurgia para colocar uma placa de metal na coluna  teve uma insuficiência pós-operatória que o deixou em coma, recebendo até mesmo a extrema unção, mas ele lutou e sobreviveu.
Mas os olhos do mundo eram voltados para ele, em 1964 era quase certo que chegasse a ser reeleito. Ele precisava conquistar estados americanos onde tinha rejeição. Contava com o apoio de seu irmão Bobby e alguns aliados.  
Quando decidiu partir em uma visita política ao Texas, no dia 22 de Novembro de 1963, na cidade de Dallas, um homem chamado Lee Harvey Oswald queria tornar-se famoso e o jeito que encontrou foi assassinando o presidente dos EUA.
O assassinato foi uma tragédia que abalou e comoveu o mundo, destruindo o sonho americano. O presidente foi baleado com dois tiros de fuzil, tendo morte cerebral instantânea. Mas Lee não viveu muitos dias para aproveitar a fama!
Meu interesse por conhecer um pouco mais da vida de JFK foi despertado quando li A Trilogia O Século de Ken Follett. Este livro é também um mergulho na história, me proporcionou conhecer fatos da história que até então não tinha curiosidade. 
Esta biografia é perfeita, relata de forma muito simples e dinâmica a trajetória de Kennedy até a morte, ele foi realmente um homem de personalidade marcante, era um sedutor implacável em diversas áreas e que deixou seu nome para a história! 


Ano: 2013
Páginas: 336
Editora: LPM


"A maioria das pessoas vive a vida como se o fim estivesse sempre longe. Elas medem os dias em amor, risadas, conquistas e perdas. Há momentos de sol e de tempestade. Há compromissos, ligações telefônicas, ansiedades na carreira, alegrias, viagens exóticas, comidas preferidas, romance, vergonha e fome. Uma pessoa pode ser definida por sua roupa, pelo cheiro de seu hálito, pelo modo como penteia o cabelo, pela forma do torso ou mesmo pelas companhias que mantém.No mundo inteiro, as crianças amam seus pais e esperam amor em troca. Elas ficam felizes quando sentem uma carícia materna ou paterna no rosto. E, mesmo nos piores dias, cada pessoa tem sonhos sobre o futuro – sonhos que às vezes se tornam realidade.Assim é a vida.Mas a vida pode terminar em um piscar de olhos."

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Stephen King, a Biografia: Coração Assombrado - Lisa Rogak



Resenha - Quem é Stephen King?
A história da vida de um dos mais famosos escritores do mundo, Stephen Edwin King nasceu no dia 21 de setembro de 1947, prefere ser chamado de Steve,  é uma pessoa que adora levar uma vida simples e foge da fama de celebridade. Ele revela que tem vários medos: do escuro, cobras, ratos, aranhas, lugares fechados, morte, ser incapaz de escrever, voar, número treze  e por aí vai...

“O número treze nunca deixa de me fazer correr um frio na espinha”, escreveu. “Quando estou escrevendo, nunca paro de trabalhar se a página é a número treze ou um múltiplo de treze. Apenas continuo digitando até chegar a um número seguro.”

Uma forma de bloquear os medos foi escrever (e muito) tornando seu principal vício. Desde a infância viveu sempre cercado de livros, de onde buscou inspiração para escrever suas primeiras histórias, “A Artimanha do Sr. Coelho”, quando ele mostrou para sua mãe, a primeira pergunta que fez foi se ele mesmo tinha escrito. Ele disse que "sim", animado com a aprovação, ele escreveu mais quatro histórias sobre o coelho, vendendo cada uma a 25 centavos de dólar e foi a primeira grana que ele ganhou como escritor.
Stephen King era um adolescente de saúde muito frágil,  passou por uma infecção na garganta e ouvido, situações que contribuíram seu atraso nos estudos e fez com que ele odiasse a escola. 
Seu pai abandonou a família, Ruth (sua mãe) teve que trabalhar muito para manter Stephen e Dave. Eles tiveram que se virar sozinhos em casa, como não tinha muita disciplina e longe do monitoramento de Ruth, Stephen começou a se interessar por ficção científica, gibis de horror e programas de rádio com Ray Bradbury, tornaram-se fortes influências na sua carreira.  
Em 1966, Stephen foi estudar na Universidade do Maine, onde  conheceu Tabitha e casaram-se em 1971, nessa época ele começou a escrever sob o pseudônimo de Richard Bachman. Depois de aumentar a família, Stephen King começou a escrever histórias curtas para vender para algumas revistas, somente quando escreveu seu primeiro romance, Carrie (1974),  que obteve lucro e reconhecimento. Stephen King envia uma cópia de Carrie para a mãe, que morre vítima de câncer antes da publicação do livro.

“Depois de sua morte, muitos anos depois, descobri que ela várias vezes deixou de fazer refeições para nos mandar aquele dinheiro, que nós aceitávamos sem pensar muito.” 

Nessa época, as drogas e o alcool foram motivos  de muitas preocupações para os familiares e amigos do escritor, após quase duas décadas de vício é que Stephen King resolveu lutar contra a dependência. 
No final da década de 90,  Stephen sofre um terrível acidente, com várias fraturas graves e perda de memória, foram alguns meses para recuperar-se e retornar para a escrita.

King contou que escreve todos os dias. "Eu sento lá pelas oito horas e quinze e trabalho até meio-dia, e durante esse período tudo é real”, afirmou ele a Neil Gaiman. Steve estima escrever entre 1.200 e 1.500 palavras diariamente. “Se não escreve ele não fica feliz”, diz Gaiman. “Se escreve, o mundo é um lugar melhor. Então ele escreve. Simples assim.

Stephen King é um autor talentoso, consagrado pelas suas obras que fazem parte da lista das mais traduzidas no mundo, muitas dessas obras foram adaptadas para o cinema e TV e outras estão sendo aguardadas, como: Novembro de 63 e A Torre Negra. Uma vida fascinante, admirado e amado por seus leitores fiéis,  que sempre estão a procura de explorar seus livros, contos e filmes. Só tenho uma observação a fazer: Cuidado! Suas obras são altamente viciantes! 

“Todas essas substâncias viciantes são parte do lado ruim do que fazemos”, afirmou. “Acho que é parte desse acordo obsessivo que faz de você um escritor em primeiro lugar, que faz com que você tenha vontade de escrever tudo isso. Escrever é um vício para mim. Mesmo quando o texto não vai bem, se eu não o fizer, fico irritado.



Ano: 2013
Páginas: 320
Editora: DarkSide Books