Inìcio, Resenhas, Lidos no Mês, Maratonas & Desafios

terça-feira, 16 de maio de 2017

O Xará - Jhumpa Lahiri


Resenha: O romance O Xará retrata a trajetória de uma típica família indiana dividida entre duas culturas.
Os pais de Gógol, Ashoke e Ashima Ganguli partem para o continente americano recém casados em busca de oportunidades. Eles vão viver em Boston e logo na chegada já sentem a grande diferença que só aumenta a medida que precisam interagir com os americanos. 
O tempo passa e a família vai acostumando com a nova vida. Ashima engravida do primeiro filho, e ao contrário da sua cultura, terá que ter o filho em um hospital e não em casa  junto da sua família. 
Gógol Ganguli, nasceu nos EUA, e recebeu este nome em homenagem ao escritor russo, pois seu pai era leitor fiel e admirador da literatura russa. O 'nome bom' chega por carta de Calcutá, pois conforme a tradição deve ser escolhido pela avó materna.  A medida que vai crescendo, Gógol vai se distanciando da sua cultura e tem que conviver com as diferenças que a cada dia ficam mais evidentes. 
O livro trata de assuntos ligados desde a infância até a maturidade, dando destaque para Gógol, o protagonista, que viveu dividido entre as duas culturas. Relata o choque cultural, a resistência perante ao novo, os relacionamentos familiares, profissionais e sentimentais. 

"Os nomes morrem com o tempo, perecem assim como as pessoas."

O Xará foi citado no livro "O Clube do Livro do Fim da Vida, Uma história real sobre perda, celebração e o poder da leitura de Will Schwalbe".

terça-feira, 2 de maio de 2017

As Intermitências da Morte - José Saramago


Resenha: As Intermitências da Morte narra uma situação inusitada vivida em um país, a morte paralisa as atividades e ninguém mais morre. A partir daí várias complicações acontecem com as pessoas, pacientes terminais agonizando mas a morte não chega, hospitais e asilos estão lotados, a indústria funerária é afetada, a Igreja  reclama que sem a morte não haverá ressurreição. E assim a vida e a morte entram em um grande conflito, pois as pessoas se acostumaram com a imortalidade.
Em outra parte do livro é apresentada a morte em pessoa, seus procedimentos em relação ao "ultimo chamado", suas características físicas e por incrível que pareça a morte fica mais humanizada. Tudo isso acontece quando uma carta enviada pela morte retorna ao remetente, um fato que nunca tinha acontecido antes. Então a morte decide resolver a situação pessoalmente...
Meu segundo livro de José Saramago, foi uma leitura surpreendente. A narrativa do autor é peculiar, uma história divertida e bem reflexiva.

 "Porque cada um de vós tem a sua própria morte, transporta-a consigo num lugar secreto desde que nasceu, ela pertence-te, tu pertences-lhe."



Ano: 2005
Páginas: 208
Editora: Companhia das Letras