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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O Rei do Inverno - Bernard Cornwell


RESENHAO primeiro livro da trilogia As Crônicas de Artur, O Rei do Inverno, é narrado por Derfel, um soldado muito próximo a Artur, usado pelo autor para relatar toda a trajetória do guerreiro. Inicia-se com o nascimento do príncipe Mordred, herdeiro do trono de Uther. Destacam-se vários personagens importantes, dentre eles Merlin, Nimue, Morgana, Mordred, Lancelot, Guinevere e Galarad, cada um descrito com brilhantismo no decorrer da narrativa.
O livro é uma constante batalha, onde Artur é um homem íntegro, honrado, que acredita nos Deuses e quer manter o trono do Rei Uther nas mãos do herdeiro Mordred e luta pela paz na Britânia. A narrativa engloba política, religião, traições e muita conspiração. 
Existe muitas versões da história de Artur, sendo esta a mais realista, onde as batalhas são narradas de forma rica em detalhes. Há entre os personagens uma cumplicidade, onde a lealdade e a amizade se fazem presente, entre guerreiros e seus superiores. O livro termina com uma parede de escudos onde a fé e a valentia dos bravos lutadores foram fundamentais para um desfecho vitorioso, dando ênfase para a continuidade no volume dois. Uma história envolvente e o Artur de Cornwell é um herói cativante!


Ano: 2006
Páginas: 544
Editora: Record

NOTA


"O destino, como Merlin sempre nos ensinava, é inexorável. A vida é uma brincadeira dos Deuses, costumava dizer Merlin e não existe justiça.Você precisa aprender a rir, disse-me ele uma vez, ou então vai simplesmente chorar até morrer." Derfel, pág. 158 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Rei Artur


Tapeçaria com Artur como uma dos Nove Bravos, 1385.
Rei Artur (em inglês King Arthur) é uma figura lendária britânica que, de acordo com histórias medievais e romances, teria comandado a defesa contra os invasores saxões chegados à Grã-Bretanha no início do século VI. Os detalhes da história de Artur são compostos principalmente pelo folclore e pela literatura, e sua existência histórica é debatida e contestada por historiadores modernos. A escassez de antecedentes históricos de Artur é retratada por diversas fontes.
O lendário Artur cresce como uma figura de interesse internacional em grande parte pela popularidade do livro de Geoffrey de Monmouth, Historia Regum Britanniae (História dos Reis Britânicos). Porém, alguns contos de Gales e da Bretanha e poemas relativos a história do Rei Arthur foram feitos antes deste livro; nestas obras Artur aparece como um grande guerreiro que defende a Grã-Bretanha dos homens e inimigos sobrenaturais, ou como uma figura fascinante do folclore, às vezes associada com o Outro Mundo, Annwn. Quanto ao livro de Geoffrey de Monmouth, foi mais adaptado dessas obras do que inventado por ele mesmo, porque ele é desconhecido.
Embora os temas, acontecimentos e personagens da lenda de Artur variem de texto para texto e não exista uma versão totalmente comprovada, a versão de Geoffrey sobre os eventos é frequentemente usada como ponto inicial das histórias posteriores. Geoffrey descrevia Artur como um rei britânico que venceu os saxões e estabeleceu um império composto pela Grã-Bretanha, Irlanda, Islândia e Noruega. Na realidade, muitos elementos e acontecimentos que agora fazem parte da história de Artur apareceram no livro de Geoffrey, incluindo Uther Pendragon, pai de Arthur, o mago Merlim, a espada Excalibur, o nascimento de Arthur em Tintagel, sua batalha final em Camlann contra Mordred em Camelot e o fim de Avalon. Chrétien de Troyes, escritor francês do século XII que adicionou Lancelote e o Santo Graal à história, iniciou o gênero de romance arthuriano que se tornou uma importante vertente da literatura medieval. Nestas histórias francesas, a narrativa foca frequentemente em troca do Rei Arthur para outros personagens, como os Cavaleiros da Távola Redonda. A literatura arthuriana teve sucesso durante a Idade Média, mas diminuiu nos séculos que se seguiram até ter um ressurgimento significativo no século XIX. No século XXI, as lendas continuam vivas, tanto na literatura como em adaptações para teatro, cinema, televisão, revista em quadrinhos e outras mídias.

Historicidade Discutida

A origem do mito do rei Artur é um ponto muito debatido pelos estudiosos até hoje. Alguns acreditam que o personagem Artur está baseado em alguma figura histórica, provavelmente um chefe guerreiro britânico da Antiguidade tardia e início da Idade Média, a partir do qual se criaram as lendas que conhecemos hoje. Outros estudiosos crêem que Artur é pura invenção mitológica, sem relação com nenhum personagem real.
A escola que crê num Artur histórico baseia-se em antigas obras como História dos Bretões (Historia Brittonum) e Anais da Câmbria (Annales Cambriae), as quais relatam de maneira fantasiosa eventos históricos ou pseudo-históricos ocorridos nas Ilhas Britânicas. Estes textos apresentam Arthur como figura real, um líder romano-britânico que lutou contra a invasão da Britânia pelos anglo-saxões, situando o período do Artur histórico entre o final do século V e começo do século VI. O livro Historia Brittonum, escrito em latim por volta do ano 830, é o mais antigo em que aparece seu nome. A obra relata doze batalhas que Artur disputou, referindo-se a ele não como rei senão como "dux bellorum" (chefe guerreiro). Estas chegam a seu ponto máximo na Batalha do Monte Badon onde o cronista diz que Artur matou sozinho 960 homens. Estudos recentes, porém, questionam a utilidade do livro Historia Brittonum como fonte histórica deste período.
A outra crônica antiga que parece apoiar a existência histórica de Arthur são os Annales Cambriae, escritos no século X, que também ligam Arthur à Batalha do Monte Badon. O livro data essa batalha entre 516-518 e também menciona a batalha de Camlann, na qual morrem Arthur e Mordred e que teria ocorrido entre 537-539. Estes detalhes aparentemente apóiam a versão da Historia Brittonum, confirmando que Artur realmente lutou no Monte Badon. No entanto, os manuscritos dos Annales Cambriae tem uma história complexa, e é possível que cronistas tenham utilizado o Historia Brittonum como fonte sobre as seções sobre Artur dos Annales no século X. Neste caso, o Historia Brittonum e os Annales Cambriae não seriam duas fontes independentes da historicidade de Artur.

ALGUNS LIVROS SOBRE ARTUR

As crônicas do Rei Artur, de Bernard Cornwell: As Crônicas de Artur são freqüentemente consideradas o melhor trabalho de Cornwell, sendo aclamado tanto por suas qualidades narrativas quanto pela exatidão em retratar a vida da época. O próprio Cornwell já disse que, dentre todos os seus trabalhos, esses três livros são seus favoritos;
As brumas de Avalon, de Marion Zimmer Bradley: É ambientada durante a vida do lendário Rei Arthur e seus cavaleiros e tem por escopo narrar a já conhecida lenda arturiana a partir de uma outra perspectiva. Quem protagoniza a história, nesta versão, são as personagens femininas, tais como Guinevere, Morgana e Morgause, o que acabou resultando na reelaboração de todo o universo mítico da trama;
A espada na pedra, de T. H. White: O autor tornou-se um dos escritores cultuados da literatura inglesa do século XX, graças à sua primorosa versão da saga do rei Arthur. Formada por cinco volumes lançados a partir do final dos anos 30, a série O Único e Eterno Rei vendeu milhões de exemplares e deu origem a um desenho animado da Disney;

O ciclo Pendragon, de Stephen R. Lawhead: A série é uma obra de ficção que se passa no sexto e quinto séculos, e tenta apresentar a lendas arturianas num cenário histórico ao apresentar a história com uma realidade que o leitor possa se conectar;

A vinda do Rei: O primeiro livro de Merlin, de Nicolai Tolstoi: Situado na Europa do século 6, após a morte de Arthur, o romance narra parte da vida de Merlin. O livro cobre a vida de Merlin, da infância à idade adulta, assim como conflitos britânicos e Saxões, culminando com uma batalha em Dineirth no País de Gales;
Albion, de Patrick McCormack: Através de flashbacks e narrações de alguns deles, os detalhes do passado são revelados, concentrando-se nos períodos antes e depois das grandes vitórias de Arthur sobre os saxões.  O enredo gira em torno do "Cálice de Soberania", uma taça que Arthur consegue em circunstâncias misteriosas e que leva a sua aclamação como Amherawdyr (Imperador) da Grã-Bretanha;

Rei Arthur e seus cavaleiros da távola redonda, de Roger Lancelyn Green: Uma versão da lenda arturiana destinada ao publico infantil em 1953. A mais recente versão foi publicada em 2008 com ilustrações de Lotte Reiniger;
As crônicas de Merlin, de Mary Stewart: É uma série de 5 livros que se inicia com a publicação de A caverna de Cristal que aborda o sexto ano de Merlin até sua adolescência;

Rei Arthur, de Frank Thompson: O jovem Arthur recebe uma missão aparentemente impossível: derrotar um conquistador saxão sedento de sangue e seu exército, doze vezes maior. Mesmo em desvantagem,Arthur está determinado a cumprir seu dever para com o Império Romano, sua família e a Bretanha.
Crônicas Camulod, de Jack Whyte: Esta série de romances históricos apresenta o conto do Rei Arthur contra o cenário romano-Bretão. Esta versão da lenda popular evita o uso da magia para explicar a ascensão de Arthur ao poder e apoia a teoria que o Rei estava destinado a combater a anarquia deixado pela partida romana da Grã-Bretanha em 410 dC;



Fonte: Wikipédia