Inìcio, Resenhas, Lidos no Mês, Maratonas & Desafios

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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Elogio da Madrasta - Mario Vargas Llosa


Resenha: O Elogio da Madrasta é uma obra poética que narra a história de dom Rigoberto e Lucrécia.
O casal vive em plena felicidade e desfrutando dos prazeres da vida conjugal. Lucrécia é uma jovem mulher de quarenta anos dotada de seus encantos, elegância e muita sensualidade. 
Dom Rigoberto tem um filho, Alfonso, que amava muito a falecida mãe e Lucrécia temia não ser aceita pelo menino, mas acontece exatamente o contrário, Fonchito é conquistado pelos encantos da madrasta. O que não era esperado é que esse amor de enteado e madrasta fosse dar um novo rumo a vida de todos eles. 
Este foi o primeiro livro que li do autor, com poucas páginas, possui uma narrativa envolvente e bem humorada. Llosa dá um toque de erotismo na história, misturando a paixão, a inocência e elementos da mitologia, o que na minha opinião, não deixou a obra vulgar, mas sim sutil e bem escrita.
Ano: 2009
Páginas: 160
Editora: Alfaguara

sábado, 16 de dezembro de 2017

A Filha Perdida - Elena Ferrante


Resenha: Leda é uma professora universitária em férias no litoral sul da Itália. Quando chega na praia para aproveitar seus dias de descanso, ela se depara com uma barulhenta e estranha família napolitana. 
Nina, uma jovem acompanhada da filha, acaba chamando a sua atenção, pois Leda lembra a si mesma quando era apenas uma inexperiente mãe de duas meninas pequenas.
Como Leda e Nina se vêem todos os dias, elas se aproximam mantendo diálogos sobre maternidade. Nestas conversas, Leda revela segredos nunca ditos anteriormente a ninguém. 
A Filha Perdida é o segundo livro que leio da autora Elena Ferrante. A narrativa é simples e o conteúdo muito envolvente, pois trata do íntimo da mulher na figura de uma mãe, reflete sobre as consequências e marcas que a maternidade deixa em cada uma. A autora faz questão de frisar que toda mãe antes de qualquer coisa é um indivíduo que tem personalidade e sonhos. 
Ano: 2016
Páginas: 176
Editora: Intrínseca

terça-feira, 16 de maio de 2017

O Xará - Jhumpa Lahiri


Resenha: O romance O Xará retrata a trajetória de uma típica família indiana dividida entre duas culturas.
Os pais de Gógol, Ashoke e Ashima Ganguli partem para o continente americano recém casados em busca de oportunidades. Eles vão viver em Boston e logo na chegada já sentem a grande diferença que só aumenta a medida que precisam interagir com os americanos. 
O tempo passa e a família vai acostumando com a nova vida. Ashima engravida do primeiro filho, e ao contrário da sua cultura, terá que ter o filho em um hospital e não em casa  junto da sua família. 
Gógol Ganguli, nasceu nos EUA, e recebeu este nome em homenagem ao escritor russo, pois seu pai era leitor fiel e admirador da literatura russa. O 'nome bom' chega por carta de Calcutá, pois conforme a tradição deve ser escolhido pela avó materna.  A medida que vai crescendo, Gógol vai se distanciando da sua cultura e tem que conviver com as diferenças que a cada dia ficam mais evidentes. 
O livro trata de assuntos ligados desde a infância até a maturidade, dando destaque para Gógol, o protagonista, que viveu dividido entre as duas culturas. Relata o choque cultural, a resistência perante ao novo, os relacionamentos familiares, profissionais e sentimentais. 

"Os nomes morrem com o tempo, perecem assim como as pessoas."

O Xará foi citado no livro "O Clube do Livro do Fim da Vida, Uma história real sobre perda, celebração e o poder da leitura de Will Schwalbe".

quinta-feira, 30 de março de 2017

Por Favor, Cuide da Mamãe - Kyung-Sook Shin


Resenha: Park So-nyo é uma mulher totalmente dedicada a seus cinco filhos. Ela reside em uma aldeia no interior da Coréia do Sul. Um dia, quando foi a Seul em companhia do marido para visitar os filhos, ela desaparece na estação de metro. 
Seu marido, habituado a vê-la sempre a seguí-lo, em nenhum momento olhou para trás. Não sentiu a sua falta. Então, deste dia em diante,  a família não tem notícias de Park e parte em uma busca pela cidade.
Durante esta busca, cada filho reflete e relembra como era a convivência com a mãe. Eles se deparam com momentos de culpa, desinteresse e remorso. É aí que a ficha realmente caí e eles se confrontam com a triste realidade de que eles não conheciam a mãe.  Ela simplesmente passou pela vida deles despercebida, mesmo estando sempre junto, servindo, alimentando, sendo a provedora em todos os instantes. Uma mulher que não vivia para si, mas somente para servir. Ela era a mãe, somente a 'mamãe', não uma mulher que tinha também seus objetivos e sonhos.

" A vida é às vezes incrivelmente frágil, mas algumas vidas são assustadoramente fortes".

Por Favor, Cuide da Mamãe é um livro intenso, a narrativa é bem diferente, pois o leitor é incluído na história, muitas vezes parece que a gente está vivendo a situação de tão tocante que é. É um livro para todos, pois faz refletir sobre a família e o amor materno. Mulheres podem ter filhos, mas nem todas podem ser chamadas de Mães. E arrependimentos não servem para nada quando já é tarde demais. Recomendo muito pois este livro é uma lição! 

"Ame, enquanto puder amar."
Ano: 2012
Páginas: 240

Editora: Intrínseca

domingo, 5 de março de 2017

As Três Marias - Raquel da Queiroz



Resenha: As Três Marias é a história de três meninas que estudam em um colégio interno comandado por freiras. Maria José, Maria da Glória se unem a aluna novata, Guta (Maria Augusta), uma forte amizade floresce entre elas. O apelido "Três Marias" foi inspirado nas estrelas, sempre unidas e companheiras, assim como as meninas.
A amizade das meninas ultrapassa o tempo de internato e é cada vez mais fortalecida durante a trajetória das suas vidas. Cada uma segue seu caminho tentando realizar seus sonhos, enfrentando desilusões, solidão, medo e tristeza.
Uma história simples de adolescentes enfrentando as mudanças e dificuldades pós escola. Guta é a protagonista, que procura por liberdade e faz as escolhas mais ousadas para a época (década de 30).  O segundo romance da autora que leio e observo que ela mantém o tema sobre as conquistas das mulheres e a incansável luta contra o preconceito. Recomendo!

"Só o que nos faz sofrer tem realmente valor de mal para nós. Porque, na realidade, só eu tenho importância para mim mesma; só nós valemos para nós mesmos. Só compreendemos o sofrimento dos outros, só compreendemos "com a carne" quando somos feridos um pouco por ele."


Ano: 2005
Páginas: 204
Editora: José Olympio


sexta-feira, 3 de março de 2017

A Filha Perdida - Elena Ferrante



Resenha: Leda é uma mulher de 47 anos, professora universitária que passa férias sozinha na praia. Durante suas idas a praia, chama sua atenção uma família napolitana, especialmente o relacionamento de uma mãe e filha.
Enquanto ela observa os dramas pessoais da família, Leda vai relembrando seu passado, a relação com suas duas filhas, com o ex-marido e com sua mãe. E quando ela conhece Nina e sua pequena filha, Elena, se envolve em uma confusão com o desaparecimento da boneca preferida da menina. 
Aos poucos, Leda vai revelando seus erros e acertos, suas escolhas quando suas filhas eram pequenas que devido ao seu comportamento egoísta levaram a sentir culpa e a deixou exposta ao julgamento das pessoas. 
Uma leitura muito envolvente que mostra de forma sensível os sentimentos mais complexos e intensos de uma mulher que se torna mãe.  Acho que todas as mães e filhos deveriam ler, uma trama perturbadora e excelente em tão poucas páginas. 



Ano: 2016
Páginas: 176
Editora: Intrínseca




sexta-feira, 10 de junho de 2016

O Deus das Pequenas Coisas - Arundhati Roy


Resenha: O livro narra a história do casal de gêmeos Rahel e Estha de sete anos. Os dois vivem com a mãe em Kerala, sul da Índia. Eles inventam histórias perante a família desestruturada formada pela mãe Ammu, uma mulher solitária e infeliz, o tio Chacko, Baby Kochamma e uma mariposa imaginária que pertenceu a um de seus antepassados. A  família tem uma fábrica de geléias e pertencem a burguesia indiana. Há no país manifestações trabalhistas onde parte do povo segue   as tendências comunistas que contrastam com a colonização inglesa. O preconceito referente as castas ainda é muito grande, mas muitas pessoas já deixaram de seguir o hinduísmo. Cristianismo, islamismo e o marxismo já tem seus adeptos. A globalização já adentrou o país e já influencia o povo. 
Mas os gêmeos tem uma grande veneração por  Velutha, um homem negro pertencente a uma casta inferior que foi criado pela família. Velutha trabalha com madeira, faz serviços pequenos e inferiores, mas sem deixar de ser belos e importantes, a ele sobrou apenas as pequenas coisas, que muitas vezes não são vistas por todos. Essa amizade não agrada a família e torna-se proibida.   E uma grande tragédia cai sobre a família no dia em que chega na cidade a filha de tio Chacko. Neste dia, Rahel e Estha descobrem que "as coisas podem mudar num só dia, que as vidas podem ter seu rumo alterado e assumir novas - e feias - formas. Descobrem que elas podem até cessar para sempre". 
A narrativa é intercalada passando de um fato para o outro dentro do mesmo capítulo tornando um pouco difícil a leitura, mas essa forma da autora escrever não deixou a história menos interessante. Gostei muito do livro. Aborda além dos conflitos familiares, preconceitos, violência, política, a condição da mulher, abusos  e muitos assuntos da sociedade indiana da época. Apesar de ser uma história trágica é também muito bonita. O retrato de um povo que só queria ser livre, tanto para viver como para amar.

"Assim, Ammu e seus filhos gêmeos bivitelinos quebraram as Leis do Amor. "Que determinam quem pode ser amado. E como. E quanto".



Ano: 2008
Páginas: 360
Editora: Companhia de Bolso


Foto -Suzanna Arundhati Roy
Suzanna Arundhati Roy, conhecida como Arundhati Roy, é uma escritora, novelista e ativista anti-globalização indiana, também envolvida em causas ambientais e de direitos humanos. Estudou arquitetura e trabalhou em cinema como designer de produção. Escreveu os roteiros de dois filmes. Seu primeiro livro O deus das pequenas coisas (The God of Small Things) ganhou o Booker Prize em 1997 e foi editado em 36 países. Venceu também o Lannan Cultural Freedom Prize em 2002.


domingo, 8 de maio de 2016

Meio Sol Amarelo - Chimamanda Ngozi Adichie


Resenha: Meio Sol Amarelo é um livro surpreendente! Narrado por três dos personagens mais importantes da história (Olanna, Richard e Ugwu), sendo que Olanna é uma mulher negra determinada movida pela emoção, filha de uma família rica, seu pai é um empresário importante na Nigéria. Ela tem uma irmã gêmea mas não são idênticas; Kainene é o oposto da irmã, pois  nela destaca-se a razão e os caminhos das duas, embora sigam linhas retas em alguns pontos da história se cruzam, travando entre elas algumas disputas onde os sentimentos fraternos vão falar mais alto. 
Outro personagem é o jornalista Richard, um britânico namorado de Kainene que tenta escrever um livro sobre a guerra civil da Nigéria no final da década de 1960.
Ugwu é um menino proveniente de um pequeno vilarejo e  vai trabalhar com Odenigbo, um professor revolucionário namorado de Olanna.
A vida destes personagens se entrelaçam quando explodem os conflitos com a tentativa de libertar o estado de Biafra. Lutas sangrentas são travadas em nome da liberdade e o sangue é derramado nas ruas dos vilarejos. As pessoas se refugiam para escapar dos bombardeios. A fome e as doenças atingem a todos e o  caos que se instalou nas ruas durante este período matou milhares de pessoas. 
Foi o primeiro livro de Chimamanda que li e a autora me cativou com a sua narrativa. Todos os personagens tem importância na história, bem construídos e cada um contribuindo para que a história se tornasse tão grandiosa.
 No final do livro a autora fala sobre os fatos históricos que ela usou para enriquecer o livro que foi a Guerra Nigéria-Biafra de 1967 a 70 mas que ela usou personagens fictícios para retratar as próprias verdades imaginadas e não os fatos da guerra, pois a guerra, segundo ela é muito feia. O livro é um retrato do sofrimento de um povo. Vale a pena ler para conhecer um pouco da história do povo africano que não é diferente da história de luta de outros povos. 

"  O vovô costumava dizer que tudo piora e aí melhora."

Ano: 2008
Páginas: 504
Editora: Companhia das Letras

terça-feira, 5 de abril de 2016

O Filho de Mil Homens - Valter Hugo Mãe


RESENHA - O livro começa com a história de Crisóstomo, um pescador solitário que imagina-se incompleto pois falta-lhe na vida um filho. 
Nos capítulos seguintes, surgem outros personagens que o autor descreve ressaltando os sonhos, as frustrações e angústias de cada um. Camilo, o órfão que desconhece a sua origem. Isaura, uma moça que busca um amor. Dona Matilde, uma senhora insatisfeita com a maternidade. Antonino, um jovem rapaz que se julga diferente dos outros. Enfim, todas essas pessoas são importantes na narrativa, pois suas vidas se cruzam mais a frente, tornando uma única história. Eles tem em comum a solidão e a busca pela felicidade. 
Crisóstomo conhece então o menino Camilo, e a partir daí e com a inclusão dos outros personagens na narrativa e a história se transforma em um enredo poético e rico de emoções.
A história passa em um pequeno vilarejo onde existem pessoas ambiciosas, invejosas e muito preconceito, o que é natural em localidades provincianas. 
O Filho de Mil Homens, além de poético é um livro que transmite uma mensagem bem real sobre os objetivos das pessoas e o que elas buscam na vida. 
Foi o primeiro livro do autor que li, e mesmo sendo escrito no português de Portugal, não tive dificuldades em apreciar a leitura. Lembra um pouco a narrativa de Mia Couto. Além de passar as mensagens realistas tem também um lado cômico. No final do livro o autor diz que pensou em não publicar a obra, ainda bem que ele mudou de idéia! Quero ler outros títulos!


"Todos nascemos filhos de mil pais e de mais de mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. Como se nossos mil pais e nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós."
Ano: 2012
Páginas: 208
Editora: Cosac Naify

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O Tigre Branco - Aravind Adiga


RESENHA - Balram Halwai é um menino pobre, nascido em uma casta inferior às margens do Rio Ganges, na zona rural chamada de Índia da escuridão. Diferente dos outros meninos de sua idade, Balram sonhava com uma vida melhor e na escola que frequentou por somente cinco anos, se destacava por ser astuto e inteligente. Por ser diferente, recebeu o apelido de Tigre Branco, criatura rara que na natureza nasce um a cada geração.
Com toda essa esperteza, Balram deixou seu pequeno vilarejo em busca de melhorias na sua vida. Conseguiu um emprego de motorista, e com o contato com os patrões, ouvindo as conversas,  proporcionou a ele desenvolver o espírito empreendedor, contrariando a sua casta onde as pessoas eram doceiros. Mas, para alcançar o que desejava, teve que passar por cima de muitos princípios, onde teve que mudar de lado para desta forma, ingressar na Indía da Luz.
O livro é escrito em forma de cartas, onde o protagonista escreve ao Primeiro Ministro da China, Wen Jiabao, contando toda a sua caminhada rumo ao sucesso. De maneira sarcástica e até debochada, ele faz uma crítica ao seu país e aos contrastes entre pobres e ricos, religiões, castas e as relações humanas. Balram é um anti-herói que nos mostra uma Índia totalmente despida do seu misticismo, enunciando a realidade que o mundo não vê!
O livro O Tigre Branco conquistou o Man Booker Prize em  2008, principal premiação britânica de romances.

Ano: 2008
Páginas: 256
Editora: Nova Fronteira


sábado, 2 de janeiro de 2016

Almas Mortas - Nikolai Gógol



RESENHA: Pavel Tchitchicov é um homem ambicioso que chega na pequena cidade para conhecer os principais membros da sociedade e comprar servos já falecidos de seus proprietários  rurais. Tchitchicov  utiliza toda sua esperteza para conquistar a simpatia dos figurões, após todos cairem na sua "lábia", ele consegue o que quer: ser dono de almas mortas. O nosso "herói" é uma pessoa sem escrúpulos, mas os outros personagens também demonstram certas fraquezas, bem piores que Tchitchicov. 
Durante a narrativa, Gogol faz questão de deixar bem claro que  só apresentará os personagens mais importantes e relevantes para a história e que não perderá tempo com insignificâncias, isso deixa a leitura muito dinâmica e bem humorada. 
O livro é publicado, em 1842, é nesse toque sarcástico, irônico e crítico que o autor descreve a vida do povo russo,  suas esperanças, sonhos, seus defeitos e qualidades. Segundo informações, Almas Mortas teria mais duas partes, mas Gogol acabou queimando todos os seus manuscritos, deixando a obra  inacabada. 
Não tenho o hábito de ler frequentemente clássicos da Literatura Russa, mas essa obra mesmo incompleta, é uma leitura interessante, pois o tema ainda é bem atual, a desvalorização do ser humano. 



Ano: 2014
Páginas: 279
Editora: Centaur



Nikolai Gógol *Nikolai Vasilievich Gogol, (nasceu em 20 de março de 1809,Velyki Sorochyntsi), foi um proeminente escritor. Sua nacionalidade é motivo de polêmica, pois sua cidade natal fazia parte do Império Russo na época, mas atualmente pertence à Ucrânia. Como consequência, tanto a Rússia quanto a Ucrânia reivindicam a sua nacionalidade. Apesar de muitos de seus trabalhos terem sido influenciados pela tradição ucraniana, Gogol escreveu em russo e sua obra é considerada herança da literatura russa. Toda a sua obra é fundada no realismo, mas um realismo muito próprio, com rasgos do que viria a ser o surrealismo. Fonte: Wikipédia


sábado, 19 de dezembro de 2015

A Mulher que Escreveu a Bíblia - Moacyr Scliar


RESENHA - No livro A Mulher que Escreveu a Bíblia, o escritor Moacyr Scliar, conta de uma forma irreverente a história de uma personagem anônima, que buscando a ajuda de um terapeuta,  descobre que foi uma das esposas do Rei Salomão. Mas como era muito feia e por saber ler e escrever é designada a escrever a história do povo judeu.  E no momento em que lê algumas anotações dos escribas do Rei, ela não se conforma com algumas partes das histórias, tenta adaptá-las, mas tendo as suas sugestões sempre recusadas pelos superiores. Dessa forma ela vive uma história repleta de aventuras, paixões e intrigas convivendo com as outras esposas e as concubinas do Rei. 
Este foi o primeiro livro do autor que tive o prazer de ler, com uma narrativa simples, passou uma mensagem sobre a condição feminina, críticas a sociedade da época e também apresentou algumas sátiras em relação ao texto bíblico. Um livro agradável e descontraído! 


Ano: 2007
Páginas: 168
Editora: Companhia de Bolso
Vencedor do Prêmio Jabuti de Literatura em 2000, na categoria Romance.  



Moacyr Jaime Scliar (Porto Alegre, 23 de março de 1937 — Porto Alegre, 27 de fevereiro de 2011) foi um escritor brasileiro. Formado em medicina, trabalhou como médico especialista em saúde pública e professor universitário. Sua prolífica obra consiste de contos, romances, ensaios e literatura infanto-juvenil. Também ficou conhecido por suas crônicas nos principais jornais do país.(Fonte: wikipédia)

sábado, 7 de novembro de 2015

A Morte de Ivan Ilitch - Leon Tolstói


RESENHA - 'A morte de Ivan Ilitch' possui uma narrativa tocante e real sobre a trajetória de um homem com nome renomado na sociedade. O livro começa relatando a morte de Ivan e depois passa a fazer uma retrospectiva da sua vida.
Relata fatos onde há gestos mesquinhos. Pessoas visando lucros. Os familiares fazendo seus planos para o futuro. Ivan relembra sua juventude, seus erros, seus pais e irmãos. Fala do casamento e suas consequências, enfim traça toda a sua vida até chegar ao leito de morte, onde percebe que teve poucas pessoas com as quais realmente pode contar. 
Tolstoi descreve a morte de uma forma realista, fazendo com que o leitor reflita. Também é uma crítica em relação a conduta do ser humano, que está mais preocupado com as suas conquistas materiais e esquece que um dia chegará o fim. 


Ano: 1997
Páginas: 104
Editora: L&PM Pocket


O livro foi publicado pela primeira vez em  1886.
Nas palavras do crítico Otto Maria Carpeaux: "A Morte de Ivan Ilitch é uma das obras mais comoventes e mais pungentes da literatura universal, talvez a obra-prima de Tolstói".
O escritor russo Vladimir Nabokov considerava-a uma das obras máximas da Literatura Russa.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Blaze - Stephen King


RESENHA  - Blaze é escrito pelo Stephen King sob o pseudônimo de Richard Bachman. É uma novela que o mestre escreveu nos fins de 1972 e que não o agradou e por esse motivo ele a deixou esquecida por um bom tempo, vindo a publicar somente em 2007!
E que bom que ele publicou! O livro conta a história de Blaze. Um homem que teve a sua infância marcada pela violência do pai, sendo agredido constantemente, até que um dia foi vítima de um ferimento grave que o afetou mentalmente. E assim ele passou a viver em lares de meninos, sendo levado por casais em intenção de adoção, mas que no final, era sempre devolvido, pois sua aparência e seu jeito 'anormal' não lhe permitia ter a sorte de conseguir um lar verdadeiro. Em suas passagens por esses lares ele fez poucos amigos,  mas que foram muito marcantes em sua vida. 
Na fase adulta ele torna-se  um golpista, praticando roubos e outros pequenos delitos, assim conhece George, que se transforma em seu parceiro e amigo nessa jornada. Planejam um golpe de mestre, que é sequestrar um bebê e assim conquistarem a estabilidade, mas George morre, e fica apenas o plano, que ele coloca em prática mais tarde. Só que entre seus delírios e assombros ele não contava que poderia se apegar ao bebê! E depois que coloca em prática o sequestro, sua vida vira um verdadeiro tormento, e seu único objetivo é sair ileso, ele tenta uma fuga, mas tem o FBI no seu encalço!
O final do livro é surpreendente, e em muitas passagens o personagem Blaze acaba cativando, pois apesar de seu jeito bruto e todo desconcertante, ele tem um lado triste e  solitário que acoberta a personalidade maligna. Gostei demais do livro pois como o próprio  autor disse, é impossível não perceber a medida que vai lendo que é uma homenagem ao grande clássico Ratos e Homens. Li por recomendação e recomendo também!



Ano: 2007
Páginas: 175
Editora: Scribner


“Estas são as escórias do coração.”
John D. MacDonald