Inìcio, Resenhas, Lidos no Mês, Maratonas & Desafios

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Os Herdeiros - William Golding




Resenha: O último grupo de Neandertais liderado pelo homem mais velho, Mal, sai em busca da sobrevivência, procurando abrigo e alimento pela floresta.  Na pequena tribo existem mais dois homens além do líder, Lok e Ha,  as mulheres, Nil, Fa, a "Velha" e duas crianças. Durante a rotina deles, surge a descoberta de um novo grupo, as "novas pessoas" (Homo Sapiens). 
Lok e Fa deparam-se com um novo estilo de vida enquanto observam o comportamento do grupo de humanos, descobrem novos objetos utilizados por eles, inclusive as armas mortais. A inocência dos Neandertais  acaba colocando-os em situação de perigo, pois as "novas pessoas" os veem como os demônios da floresta.
O segundo romance de William Golding,  retrata o encontro dos nossos ancestrais, a visão dos Neandertais, que utilizavam uma linguagem telepática, guiados pelos cheiros, desprovidos de capacidade intelectual sendo movidos mais pela intuição, eram vegetarianos, espiritualistas e seres extremamente pacíficos. As "novas pessoas"  são descritas como pessoas perigosas e violentas que surgiram diante dos herdeiros Neandertais para aniquilá-los. A pesquisa do autor é tão perfeita pois faz o leitor acreditar completamente na história, fiquei com raiva do Homo Sapiens e seu poder de destruição que permanece nos dias atuais.





William Golding nasceu na Inglaterra no dia 19 de setembro de 1911, precisamente na cidade de Santus Columb Minor. Filho de um professor, estudou ciências naturais em Oxford e serviu na marinha britânica na segunda guerra mundial. Sobre essa experiência, diria: "Qualquer pessoa que tenha passado por esses acontecimentos terríveis sem entender que o homem produz o mal como a abelha produz o mel estava cega ou louca ". Recebeu o Nobel de Literatura de 1983. William publicou seu primeiro livro e grande sucesso "O Senhor das Moscas" em 1954. Morreu em 19 de julho de 1993 em Perranarworthal, por insuficiência cardíaca. Fonte: Wikipédia





Ano: 2015
Páginas: 216
Editora: Alfaguara


O Livro do Cemitério - Neil Gaiman

RESENHA – O livro conta a história de Nin (Ninguém Owen), um menino órfão que teve seus pais e a irmã assassinados por um homem chamado Jack.
Nin caminha sem rumo após esse trágico episódio de sua vida e vai parar em um cemitério, onde é recolhido pelos 'moradores'. Dessa forma ele vive entre os mortos,  comunica-se com eles, descobre passagens fantásticas e misteriosas, sendo protegido por um guardião que torna-se uma espécie de mestre para ele.   
Mas chega a época de Nin ir para a escola, conhecer o mundo dos vivos.  Dessa forma ele passa a ser percebido e as crianças notam que ele é diferente, fato este que o faz se envolver em alguns problemas, obrigando-o a voltar para a segurança do cemitério. 
Mas mesmo vivendo dentro dos muros do cemitério, Nin conhece uma menina chamada  Scarlett, que torna-se sua amiga de aventuras, mas que indiretamente faz com que seus caminhos se cruzem com o seu perseguidor, o homem chamado Jack. E assim ele é descoberto, sofrendo perseguição até o final, onde acontecem muitas revelações sobre o seu passado que vão desvendar todo o mistério em torno da morte de sua família.
Este é mais um livro surpreendente de Neil Gaiman, com uma narrativa repleta de magia, uma verdadeira viagem ao sobrenatural. Impossível não apreciar toda essa aventura contada dentro de um cemitério, a medida que fui lendo, a imaginação corria solta, acompanhando cada passo do menino Nin. Um livro lindo e complementado por várias ilustrações que só tornaram a leitura muito mais agradável! 


  "É só a morte. Quer dizer todos os meus melhores amigos estão mortos. - Sim, estão. E eles, na maior parte, acabaram para o mundo. Você não. Você está vivo, Nin. Isso quer dizer que tem potencial infinito. Para fazer qualquer coisa, construir qualquer coisa, sonhar qualquer coisa. Se mudar o mundo, o mundo mudará. Potencial. Depois que estiver morto, acabou. Foi-se." 


Ano: 2010
Páginas: 336
Editora: Rocco

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A Nona Configuração - William Peter Blatty




Resenha: O médico psiquiatra e coronel Kane começa a atender vinte e sete ex-combatentes do exército que podem (ou não) estar loucos. 
Eles moram em uma mansão gótica escolhida pelo Pentágono para instalá-los secretamente e colocar em experimento o projeto Freud. 
A mansão tem um ambiente totalmente insano, onde os ex-combatentes surtam a todo momento sobrecarregando psicologicamente o coronel Kane, que passa a ter sonhos estranhos e  relembrar de forma  fragmentada, momentos do seu passado durante a guerra no Vietnã.
Kane coloca o tratamento psiquiátrico em prática acreditando que cada paciente encontrará a cura, mas algumas revelações chocantes fazem uma grande reviravolta em toda a história. 
Existem muitos personagens bem construídos, mas é  Cutshaw, o ex-astronauta surtado,  quem mais se destaca durante toda a trama e torna-se uma figura importante quando o grande segredo é desvendado.
Com muitos diálogos filosóficos, questionamentos sobre fé, religião e loucura, a leitura é fascinante, surpreendente e tocante. 
A Nona Configuração foi publicado pela primeira vez em 1966 com o título  Twinkle, Twinkle, Killer, Kane, foi traduzido no Brasil com o título Paranóia, em 1978, William Peter Blatty reescreveu a história com o título atual e em 1980 foi adaptado para o cinema. 






Ano: 2015
Páginas: 160
Editora: Agir - Casa dos Livros

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Tarântula - Thierry Jonquet




Resenha: Richard Lafargue é um famoso e excêntrico cirurgião plástico que tem uma relação um tanto bizarra com Éve, uma mulher que vive a disposição dos caprichos do médico. 
Éve vive trancada em um quarto luxuoso somente sendo libertada quando Lafargue ordena, é sua acompanhante em festas da sociedade e objeto para seus jogos sexuais. 
Existe um grande mistério que envolvem o médico, uma menina internada em um hospício, o jovem Alex e seu amigo Vincent Moreau. 
Difícil detalhar mais a história, pois o grande segredo desse livro é o fator surpresa que aguarda o leitor no final.
Os capítulos são intercalados com os personagens Richard, Éve, Alex e Vincent, quando suas histórias são interligadas o leitor depara-se com uma trama envolvente, chocante, onde desejo e vingança  se unem para formar um thriller muito bem construído.  
Thierry Jonquet é escritor de literatura policial. Tarântula foi adaptado para o cinema com o título  "A Pele que Habito", do cineasta espanhol Pedro Almodóvar.



Ano: 2011
Páginas: 160
Editora: Record