Inìcio, Resenhas, Lidos no Mês, Maratonas & Desafios

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

1984 - George Orwell


RESENHA - A história contada em 1984 se passa no futuro, mostrando um mundo totalmente distópico, retratando uma sociedade controlada pelo governo.  
Winston Smith é o protagonista da história, funcionário do governo, encarregado de controlar e alterar dados de acordo com a vontade do Partido.  E além deste controle há uma grande invasão dos direitos dos indivíduos. As pessoas são vigiadas o tempo todo, é dever de cada um seguir o que é imposto, as pessoas não devem dialogar, o único assunto permitido é falar sobre trabalho. Mas aqueles que não seguem as regras, são penalizados, pois o 'Grande Irmão' está sempre observando. Cabe ao indivíduo policiar seus atos e pensamentos, pois nada passa despercebido ao Partido, é dever do cidadão somente amar o Grande Irmão.

'Num tempo de engano universal, dizer a verdade é um ato revolucionário.'

Orwell quando escreveu este livro quis retratar uma sociedade dominada pelo regime socialista e as suas consequências na vida das pessoas. Apesar do ano de publicação (1949), o livro é bastante atual, pois muito do que se passa no enredo é visto na atualidade, como por exemplo o abuso do poder, verdades manipuladas e os governos totalitários disfarçados de democracias. 
Narrado em terceira pessoa e com capítulos curtos, o livro é de fácil leitura. Com toda certeza o autor era um grande visionário, pois foi capaz de criar uma obra distópica, com termos desconhecidos para a época, mas que hoje são tão comuns. Orwell, tinha pressa em concluir o livro, pois sofria de tuberculose e veio a falecer logo após a conclusão da obra, em 1950. 

" O Grande Irmão está observando você."

Ano: 2009 
Páginas: 416
Editora: Companhia das Letras

sábado, 4 de fevereiro de 2017

A Cura Invisível - Andrew Smith

Resenha: A Cura Invisível conta a história dramática de Troy Stotts, um menino sensível que cultua uma grande mágoa pelo pai perante a morte de sua mãe. Entre Troy e seu pai existe um grande abismo resultante da ausência de diálogo e incompreensão.
Troy compensa esse vazio no convívio com os amigos Tom Buller, Gabriel e Luz Benavidez. Entre eles há uma grande cumplicidade,  pois Troy e Tom trabalham no Rancho dos pais de Gabriel e Luz, convivendo diariamente e compartilhando seus medos, seus dramas e a paixão pelos cavalos. 
Um dia, eles conhecem Rose, uma senhora solitária dona de cavalos selvagens, que acaba por surpreendê-los grandemente.  Mas na cidade eles tem um inimigo, Chase, filho do xerife, com o qual seus caminhos se cruzam resultando em alguns duelos, marcados pelo ódio e pela inveja.
No verão, eles resolvem subir a montanha para passar alguns dias. Quando retornam, não são mais os mesmos. Lá no alto, em meio a uma tempestade, algo trágico atinge suas vidas para sempre.
Este foi o livro mais mediano que li do autor Andrew Smith. O livro trata de perda, mágoa, solidão, morte e outros temas que na minha opinião deveriam ser mais aprofundados. Possui uma narrativa que flui muito bem, mas que deixou a desejar.  Ainda prefiro Minha Metade Silenciosa! 
Ano: 2016
Páginas: 288
Editora: Gutenberg

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Nada de Novo no Front - Erich Maria Remarque



Resenha: Nada de Novo no Front é um livro que retrata a vida dos soldados e suas reflexões mais profundas durante a guerra. Não tem acontecimentos heroícos normalmente citados em muitos livros sobre o tema, destaca-se uma descrição mais emotiva da rotina dos soldados na Primeira Guerra Mundial.
O protagonista Paul é um soldado de 18 anos que enfrenta a mais dura realidade nos confrontos, encarando a perda dos companheiros, as doenças, a fome e a morte todos os dias. O livro é marcado por várias passagens tristes mas porém reais que o personagem descreve de forma emocionante.
"Este livro não pretende ser um libelo nem uma confissão, e menos ainda uma aventura, pois a morte não é uma aventura para aqueles que se deparam face a face com ela. Apenas procura mostrar o que foi uma geração de homens que, mesmo tendo escapado às granadas,foram destruídos pela guerra."
Em 1929, Remarque publicou o seu trabalho mais famoso Im Westen nichts Neues (A oeste nada de novo em Portugal e Nada de novo no front no Brasil), com o pseudonimo Erich Maria Remarque (mudando o seu nome do meio em honra da sua mãe). Escreveu mais alguns livros de conteúdo semelhante, numa linguagem simples e emotiva, que descrevia a guerra e o pós-guerra.
Em 1933, os nazis baniram e queimaram os livros de Remarque. A propaganda do partido afirmava que ele era descendente de judeus franceses, e que o seu verdadeiro nome era Kramer (o seu nome original lido de trás para a frente). Há ainda algumas biografias que afirmam isto, apesar da falta de provas. (fonte: Wikipédia)

Ano: 2004
Páginas: 224
Editora: L&PM

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

A Mulher de 30 anos - Honoré de Balzac


Resenha: Balzac,  neste livro narra a história de Julia, uma jovem francesa, criada pelo pai e que na flor da sua juventude se apaixona por Victor d'Aiglemont, um medíocre coronel do Exército de Napoleão. Contrariando o pai, Julia se casa com Victor e começa nesta fase de sua vida a desilusão e as frustrações com o casamento. Mais tarde ela tem uma filha com Victor, mas mesmo assim, nem a maternidade consegue afastá-la da melancolia. 
Percebendo o estado de sua esposa, Victor aceita a oferta do jovem médico e nobre inglês Lorde Artur Grenville para tratar de sua saúde. Este relacionamento entre paciente e médico, traz a vida de Julia um novo horizonte, ela descobre que é possível na vida de uma mulher amadurecida existir uma nova paixão.
Mas um trágico acidente faz com que Julia mergulhe em uma nova depressão. Ela parte para um castelo em companhia da filha, deixando o marido com seus afazeres. 
E dessa forma o livro segue narrando a vida de Julia, com seus altos e baixos, suas decepções e suas culpas até a sua velhice. Ela é uma mulher que não consegue abandonar seus traumas e vive se martirizando. 
Quando Balzac escreveu A Mulher de 30 Anos, no início era formado por contos, que mais tarde ele uniu transformando neste livro, dividido em seis partes. O livro é um retrato da sociedade francesa do ano de 1813. A mulher que ele descreveu e que leva o título de balzaquiana, nada mais é do que uma mulher emancipada, adulta, inconstante, capaz de mergulhar em diversos dramas, ter opinião própria, se destacar na sociedade e principalmente demonstrar que existe em sua alma grande sensibilidade e que amar não é somente privilégio das mais jovens. Apesar do livro ser um clássico, possui uma boa narrativa que faz a leitura ser prazerosa e surpreendente. 

Ano: 2001
Páginas: 224
Editora: L&PM Pocket