Inìcio, Resenhas, Lidos no Mês, Maratonas & Desafios

domingo, 3 de janeiro de 2016

A Casa das Belas Adormecidas - Yasunari Kawabata



Resenha: Eguchi é um senhor de 67 anos que começa a frequentar a casa das belas adormecidas, um lugar onde garotas virgens são utilizadas como companhia para idosos. 
Existe uma peculiaridade na casa das belas adormecidas, as garotas são disponibilizadas em uma cama, em sono profundo, completamente dopadas  para que os clientes idosos possam usufruir de todo prazer.

"Uma mulher mergulhada no sono, que não fala nada, que não ouve nada: não seria, por outro lado, o mesmo que falar tudo, escutar tudo de um velho que já não tem virilidade para fazer companhia a uma mulher?"

Na primeira visita, Eguchi  conhece uma garota adormecida que o impressiona muito, então ele resolve frequentar a casa a cada quinze dias na esperança de revê-la. 
A gerente da casa explica para Eguchi as principais regras, dentre elas, as garotas não retornam para o mesmo cliente, não acordam no meio da visita, não fazem sexo e não podem ser violentadas.
Eguchi continua com suas visitas e cada garota que conhece, ele relembra fatos da sua vida passada, seus amores, suas experiências sexuais com mulheres que marcaram sua juventude. 
A narrativa é bem poética, através do protagonista Eguchi, o autor apresenta diversos temas como velhice, morte, inocência e erotismo. 

"Aos velhos, a morte, aos jovens, o amor; a morte, uma única vez, o amor, infinitas vezes."

A Casa das Belas Adormecidas lembrou muito o livro Memórias de Minhas Putas Tristes de Gabriel Garcia Marques onde o protagonista é um idoso que reflete sobre sua sexualidade na terceira idade. Um livro de poucas páginas que surpreende pelo conteúdo tão rico em detalhes, a trama se passa em uma espécie de bordel onde garotas são tratadas como objetos, mas em nenhuma parte a sexualidade foi destacada de forma vulgar, Yasunari Kawabata foi de uma sutileza incrível.




Ano: 2004
Páginas: 128
Editora: Estação Liberdade


* Yasunari Kawabata (Osaka, 11 de junho de 1899 — Kamakura, Kanagawa, 16 de abril de 1972) foi um escritor japonês, o primeiro de seu país a ser galardoado com o Prêmio Nobel de Literatura, em 1968. Fonte: Wikipédia


Luka e o Fogo da Vida - Salman Rushdie



Resenha: O livro conta a história de Luka Khalifa, 12 anos de idade, grande admirador da vida do pai, Rashid Khalifa que é um contador de histórias. Um dia, Rashid cai em um sono profundo provocado por um feitiço lançado por Capitão Aag, um dono de circo que explorava e maltratava animais. 
Capitão Aag tornou-se um inimigo perigoso após Luka resgatar um cão e um urso, que acabaram virando seus fiéis e verdadeiros amigos. 
Luka conhece o Ninguémpai, uma figura misteriosa, sósia de seu pai, mas que representa a morte e revela para ele uma forma de desfazer o feitiço; viajar  para o Mundo da Magia,  em busca do Fogo da Vida, uma pedra sagrada guardada pelos Deuses e outros seres mágicos.
Luka sai nessa aventura acompanhado pelo cão e o urso, mas ao decorrer do caminho acaba conhecendo novos amigos que o ajudam a chegar ao seu destino. 
Luka e o Fogo da Vida é um livro sobre: seres mitológicos e contém algumas partes lembrando personagens de As Mil e Uma Noites, Rei Artur e Alice no País das Maravilhas. 
Foi meu primeiro contato com o autor, livro escolhido para uma Maratona Literária, com muita magia, realidade e folclore misturados em uma história que pode agradar adultos e crianças. Salman Rushdie escreveu em 1990 as aventuras do irmão de Luka no livro: Haroun e o Mar de Histórias, que pode ser lido de forma independente.



Ano: 2010
Páginas: 208
Editora: Cia das Letras


Salman Rushdie, Bombaim, 19 de Junho de 1947, é um ensaísta e autor de ficção britânico de origem indiana. Cresceu em Mumbai (antiga Bombaim) e estudou na Inglaterra, onde se formou com louvor no King's College, Universidade de Cambridge. O seu estilo narrativo, mesclando o mito e a fantasia com a vida real, tem sido descrito como conectado com o realismo mágico. Rushdie foi condecorado em 15 de junho de 2007 como Cavaleiro Celibatário (Knight Bachelor), fato que provocou diversos protestos no mundo islâmico. Fonte: Wikipédia


sábado, 2 de janeiro de 2016

Almas Mortas - Nikolai Gógol



RESENHA: Pavel Tchitchicov é um homem ambicioso que chega na pequena cidade para conhecer os principais membros da sociedade e comprar servos já falecidos de seus proprietários  rurais. Tchitchicov  utiliza toda sua esperteza para conquistar a simpatia dos figurões, após todos cairem na sua "lábia", ele consegue o que quer: ser dono de almas mortas. O nosso "herói" é uma pessoa sem escrúpulos, mas os outros personagens também demonstram certas fraquezas, bem piores que Tchitchicov. 
Durante a narrativa, Gogol faz questão de deixar bem claro que  só apresentará os personagens mais importantes e relevantes para a história e que não perderá tempo com insignificâncias, isso deixa a leitura muito dinâmica e bem humorada. 
O livro é publicado, em 1842, é nesse toque sarcástico, irônico e crítico que o autor descreve a vida do povo russo,  suas esperanças, sonhos, seus defeitos e qualidades. Segundo informações, Almas Mortas teria mais duas partes, mas Gogol acabou queimando todos os seus manuscritos, deixando a obra  inacabada. 
Não tenho o hábito de ler frequentemente clássicos da Literatura Russa, mas essa obra mesmo incompleta, é uma leitura interessante, pois o tema ainda é bem atual, a desvalorização do ser humano. 



Ano: 2014
Páginas: 279
Editora: Centaur



Nikolai Gógol *Nikolai Vasilievich Gogol, (nasceu em 20 de março de 1809,Velyki Sorochyntsi), foi um proeminente escritor. Sua nacionalidade é motivo de polêmica, pois sua cidade natal fazia parte do Império Russo na época, mas atualmente pertence à Ucrânia. Como consequência, tanto a Rússia quanto a Ucrânia reivindicam a sua nacionalidade. Apesar de muitos de seus trabalhos terem sido influenciados pela tradição ucraniana, Gogol escreveu em russo e sua obra é considerada herança da literatura russa. Toda a sua obra é fundada no realismo, mas um realismo muito próprio, com rasgos do que viria a ser o surrealismo. Fonte: Wikipédia


Os Últimos Dias de John F. Kennedy - Bill O'Reilly, Martin Dugard,


RESENHA - Em 20 de Janeiro de 1961, John Fitzgerald Kennedy foi eleito presidente dos EUA em plena Guerra Fria. Ele não sabia que deste dia em diante teria apenas três anos de vida. Os autores, através de uma elaborada pesquisa, relataram no livro os últimos dias da vida de JFK, destacando fatos do ambiente político americano e mundial, conspirações, momentos íntimos e familiares.
Kennedy, apesar de pertencer a uma família abastada conquistou o eleitorado prometendo ao povo fazer dos EUA um país melhor. E com a sua determinação e simpatia, ele tornou-se o 35º presidente dos EUA. Vivendo na Casa Branca, a família passa a chamar a atenção do mundo, devido ao carisma do presidente e ao glamour da primeira-dama Jackie Kennedy. 
JFK foi um pai dedicado, seus filhos sempre estavam por perto nos seus momentos de trabalho, até uma escola foi montada na Casa Branca para que os dois recebessem educação dentro do lar. Antes do nascimento de Caroline e John, Jackie perdeu uma filha que morreu antes do nascimento e o último filho, Patrick, que morreu  meses antes do assassinato do presidente.
A família sempre foi marcada por tragédias. O próprio Kennedy com muitos problemas de saúde, quando fez uma cirurgia para colocar uma placa de metal na coluna  teve uma insuficiência pós-operatória que o deixou em coma, recebendo até mesmo a extrema unção, mas ele lutou e sobreviveu.
Mas os olhos do mundo eram voltados para ele, em 1964 era quase certo que chegasse a ser reeleito. Ele precisava conquistar estados americanos onde tinha rejeição. Contava com o apoio de seu irmão Bobby e alguns aliados.  
Quando decidiu partir em uma visita política ao Texas, no dia 22 de Novembro de 1963, na cidade de Dallas, um homem chamado Lee Harvey Oswald queria tornar-se famoso e o jeito que encontrou foi assassinando o presidente dos EUA.
O assassinato foi uma tragédia que abalou e comoveu o mundo, destruindo o sonho americano. O presidente foi baleado com dois tiros de fuzil, tendo morte cerebral instantânea. Mas Lee não viveu muitos dias para aproveitar a fama!
Meu interesse por conhecer um pouco mais da vida de JFK foi despertado quando li A Trilogia O Século de Ken Follett. Este livro é também um mergulho na história, me proporcionou conhecer fatos da história que até então não tinha curiosidade. 
Esta biografia é perfeita, relata de forma muito simples e dinâmica a trajetória de Kennedy até a morte, ele foi realmente um homem de personalidade marcante, era um sedutor implacável em diversas áreas e que deixou seu nome para a história! 


Ano: 2013
Páginas: 336
Editora: LPM


"A maioria das pessoas vive a vida como se o fim estivesse sempre longe. Elas medem os dias em amor, risadas, conquistas e perdas. Há momentos de sol e de tempestade. Há compromissos, ligações telefônicas, ansiedades na carreira, alegrias, viagens exóticas, comidas preferidas, romance, vergonha e fome. Uma pessoa pode ser definida por sua roupa, pelo cheiro de seu hálito, pelo modo como penteia o cabelo, pela forma do torso ou mesmo pelas companhias que mantém.No mundo inteiro, as crianças amam seus pais e esperam amor em troca. Elas ficam felizes quando sentem uma carícia materna ou paterna no rosto. E, mesmo nos piores dias, cada pessoa tem sonhos sobre o futuro – sonhos que às vezes se tornam realidade.Assim é a vida.Mas a vida pode terminar em um piscar de olhos."