Inìcio, Resenhas, Lidos no Mês, Maratonas & Desafios

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Blaze - Stephen King


RESENHA  - Blaze é escrito pelo Stephen King sob o pseudônimo de Richard Bachman. É uma novela que o mestre escreveu nos fins de 1972 e que não o agradou e por esse motivo ele a deixou esquecida por um bom tempo, vindo a publicar somente em 2007!
E que bom que ele publicou! O livro conta a história de Blaze. Um homem que teve a sua infância marcada pela violência do pai, sendo agredido constantemente, até que um dia foi vítima de um ferimento grave que o afetou mentalmente. E assim ele passou a viver em lares de meninos, sendo levado por casais em intenção de adoção, mas que no final, era sempre devolvido, pois sua aparência e seu jeito 'anormal' não lhe permitia ter a sorte de conseguir um lar verdadeiro. Em suas passagens por esses lares ele fez poucos amigos,  mas que foram muito marcantes em sua vida. 
Na fase adulta ele torna-se  um golpista, praticando roubos e outros pequenos delitos, assim conhece George, que se transforma em seu parceiro e amigo nessa jornada. Planejam um golpe de mestre, que é sequestrar um bebê e assim conquistarem a estabilidade, mas George morre, e fica apenas o plano, que ele coloca em prática mais tarde. Só que entre seus delírios e assombros ele não contava que poderia se apegar ao bebê! E depois que coloca em prática o sequestro, sua vida vira um verdadeiro tormento, e seu único objetivo é sair ileso, ele tenta uma fuga, mas tem o FBI no seu encalço!
O final do livro é surpreendente, e em muitas passagens o personagem Blaze acaba cativando, pois apesar de seu jeito bruto e todo desconcertante, ele tem um lado triste e  solitário que acoberta a personalidade maligna. Gostei demais do livro pois como o próprio  autor disse, é impossível não perceber a medida que vai lendo que é uma homenagem ao grande clássico Ratos e Homens. Li por recomendação e recomendo também!



Ano: 2007
Páginas: 175
Editora: Scribner


“Estas são as escórias do coração.”
John D. MacDonald




terça-feira, 22 de setembro de 2015

O Sol É Para Todos - Harper Lee


RESENHA - Há muito tempo queria ler 'O Sol É Para Todos' e não conseguia encaixar na minha meta de leitura.Enfim chegou o  dia e me encantei com a narrativa da Scout, que é a personagem mais cativante do livro.  Ela e Jem, são filhos do advogado Atticus e vivem em  Maycomb, no Alabama, em meados dos anos 30, onde a depressão castiga os moradores com a crise econômica. Os meninos são criados de uma forma livre pois não tem mãe e o pai devido ao trabalho os deixa aos cuidados de Calpúrnia, a cozinheira e também uma espécie de babá das crianças. Ele recebe muitas críticas por dar aos filhos tanta liberdade, mas é um homem íntegro, e determinado e não deixa-se abalar com esses comentários. 
O juiz da cidade designa Atticus para defender um negro, acusado de cometer crime de estupro contra uma mulher branca, e esse caso movimenta a cidade, e as crianças acabam se envolvendo, torcendo para que o pai consiga a liberdade de seu cliente Tom, mas em uma sociedade racista onde negros e brancos se confrontam, torna-se muito difícil obter resultados positivos.
O livro possui além das crianças, outros personagens que enriquecem a tornam a história como por exemplo o amigo Dill, Calpúrnia, o misterioso Boo Radley e Dolphus Raymond. A história toda é de muita sensibilidade, a autora usou as crianças para passar uma mensagem de pureza, tolerância e como tratar o próximo, de como é importante o bom exemplo passado pelos pais na construção do caráter. Scout e Jem, eram duas crianças que foram capazes de tomar atitudes esperadas de um adulto!
Um livro muito bem escrito, que prende o leitor e é muito bom saber que teremos a Scout de volta no novo livro da Harper Lee, 'Vá, Coloque Um Vigia', que continuará a história 20 anos depois... Aguardando com ansiedade! É é claro que recomendo O Sol é Para Todos!

Complemento: 
Com nova tradução e projeto gráfico, este clássico moderno volta à cena, justamente quando a autora lança uma continuação dele, causando euforia no mercado. Desde o anúncio de sua sequência, O sol é para todos é um dos livros mais buscados e acessados no site do Grupo Editorial Record. Já vendeu mais de 30 milhões de cópias nos Estados Unidos e, no último ano, ganhou a recomendação do presidente Barack Obama, que proferiu o seguinte elogio: "Este é o melhor livro contra todas as formas de racismo."

-Vencedor do Prêmio Pulitzer.

-Escolhido pelo Library Journal o melhor romance do século XX.

-Eleito pelos leitores de Modern Library um dos 100 melhores romances em língua inglesa.

-Filme homônimo venceu o Oscar de melhor roteiro adaptado.


Ano: 2015
Páginas: 350
Editora: José Olympio

'As pessoas sensatas nunca se orgulham dos próprios talentos."

'Não sabemos como vivem as pessoas. O que acontece por trás das portas fechadas, os segredos.' 

domingo, 13 de setembro de 2015

Laranja Mecânica - Anthony Burgess



RESENHA - Laranja Mecânica é um livro distópico, narrado em primeira pessoa pelo adolescente Alex.
Esse jovem, tem um grupo de amigos, que ele chama de  'drugues' que é uma das palavras do vocabulário Nadsat que compõe o livro. Durante a narrativa de diálogos dos personagens adolescentes essas palavras são utilizadas, sendo gírias que o autor utilizou  influenciado pelos idiomas russo e inglês.
Alex e seus amigos são rebeldes,  sendo ele, um anti-herói, praticante de crimes, onde a violência se destaca em suas mais simples ações. 
Mas quando Alex vai parar nas mãos do governo, este tenta reformá-lo através de um experimento com testes psicológicos, usando imagens da própria violência que ele tanto praticou e também a paixão pela música clássica e com isso tentar regenerá-lo. E dessa forma em um curto intervalo de tempo ele volta para as ruas, mas torna-se vítima daqueles que ele tanto ameaçou.
A mensagem final que o livro transmite através de Alex é que cada um faz as suas próprias escolhas, mas chega um momento da vida onde é preciso crescer e amadurecer torna-se fundamental.
A primeira publicação do livro foi em 1962. 
O autor Antony Burgess, nasceu em Manchester, 25 de fevereiro de 1917 — e morreu em Londres, 22 de novembro de 1993) foi um escritor, compositor e crítico britânico.
Filmado em 1971, produzido e dirigido por Stanley Kubrick.
Apesar da leitura ser um pouco dificultada pelo vocabulário nadsat e ter uma narrativa recheada de violência, o livro é ótimo, o que o torna um clássico do gênero!Recomendo!

Ano: 2015
Páginas: 224
Editora: Aleph



'A virtude vem de nós mesmos. É uma escolha que só a nós pertence. Quando um homem perde a capacidade de escolher, deixa de ser homem.'