Inìcio, Resenhas, Lidos no Mês, Maratonas & Desafios

domingo, 25 de dezembro de 2016

Evangelho de Sangue - Clive Barker


Resenha: Harry D’Amour é um detetive particular especializado em casos sobrenaturais ligados a demônios. 
Ele tem uma grande amiga chamada Norma, uma mulher sensitiva que sempre está lhe apresentando casos sombrios para desvendar. Um deles está ligado a caixa de Lemarchand, que leva Harry e seus amigos: Norma, Caz, Lana e Dale para o Inferno perseguindo Pinhead, o Cenobita (quem leu Hellraiser, vai matar a saudade).
A grande aventura no inferno tem partes bem bizarras e sangrentas, um show de terror, bem o estilo Clive Barker. 
Uma batalha de demônios importantíssima foi travada e Harry é a testemunha escolhida pelo Cenobita, mas ele vai ter que arriscar a sua vida e a de seus amigos para ver o grande final.
Para quem se interessar em ler Evangelho de Sangue, acho importante acompanhar o livro Hellraiser, que explica muito sobre o mundo dos Cenobitas. Harry D’Amour é um personagem da série Livros de Sangue, e bem que poderia retornar em outras aventuras.


Ano: 2016
Páginas: 360
Editora: DarkSide Books

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Sete Minutos Depois da Meia-Noite - Patrick Ness


Resenha: Sete Minutos Depois da Meia-noite é um livro que mescla fantasia e realidade. Conta a história de Conor, um menino de 13 anos, cuja mãe está muito doente. Conor sofre muito na escola, pois seus colegas o perseguem. Ele não tem afinidade com a avó e seu pai vive em outra cidade e é um pai ausente. 

Todas as noites, ele tem pesadelos com um monstro que conta histórias com mensagens subentendidas. O monstro faz perguntas, das quais Conor teme as respostas. 

'Você não escreve sua vida com palavras — explicou o monstro. — Você escreve com ações. O que você pensa não é tão importante. Só é importante o que você faz.'

O livro possui uma narrativa simples que prende o leitor do início ao fim da leitura. Além do toque de terror e realidade, o autor trata de outros assuntos, como o sentimento de perda, culpa, medo de enfrentar a solidão e a coragem para superar as dificuldades da vida. Um ótimo livro que vale cada página! 
Este livro foi publicado pela primeira vez em 2011 com o título "O Chamado do Monstro" pela Editora Ática e novamente com o título atual pela Editora Novo Conceito, a partir do original de Siobhan Dowd, uma escritora do Reino Unido vítima de câncer de mama em 2007. 
Foi adaptado para o cinema com o título 'O Chamado do Monstro' e ainda não foi lançado no Brasil.


Ano: 2016 
Páginas: 160
Editora: Novo Conceito


terça-feira, 11 de outubro de 2016

Contos de Terror do Tio Montague - Chris Priestley





Resenha - O livro é uma coletânea de contos de terror onde o personagem Edgar é o ouvinte das histórias horripilantes de seu tio Montague. O tio do menino é um homem solitário e misterioso que vive sozinho em uma casa um tanto estranha na companhia de um mordomo que nunca aparece. Em meio a tanto mistério e um ambiente sombrio, tio Montague relata suas histórias para o sobrinho. 
As histórias são macabras, recheadas de mistério, casas mal-assombradas, objetos misteriosos, demônios, sons estranhos, vultos e monstros. 
Edgar procura o tio para passar as horas, pois em sua casa seus pais não lhe dão a devida atenção e termina sempre por ficar envolvido nas narrativas do tio perdendo as horas de voltar para casa, pois o assunto sobre o além o encanta. 
No último conto o tio Montague fala da sua vida para o sobrinho, e dessa forma Edgar entende muito sobre a vida misteriosa do tio. 
Gostei muito dos contos, são todos muito bem escritos, com grande toque de terror e mistério mas o que mais me encantou foi 'A Moldura Dourada'. O autor Chris Priestley sempre teve interesse por histórias arrepiantes desde jovem. Tanto é grande a influência que ele usou os nomes dos dois personagens para homenagear dois grandes escritores do gênero: M. R. James (Montague Rhodes James) e Edgar Allan Poe, que são seus inspiradores. Dependendo do leitor é um livro não recomendado para ler a noite! 

“Estas coisas à nossa volta são... como posso dizer?... possuídas por uma energia curiosa. Elas ressoam com a dor e o terror a que estão atreladas. Meu estúdio virou um repositório desses objetos. Eu coleciono o que ninguém quer, Edgar, as coisas assombradas, amaldiçoadas... as coisas malditas.”



Ano: 2008
Páginas: 256
Editora: Pavio

sexta-feira, 10 de junho de 2016

O Deus das Pequenas Coisas - Arundhati Roy


Resenha: O livro narra a história do casal de gêmeos Rahel e Estha de sete anos. Os dois vivem com a mãe em Kerala, sul da Índia. Eles inventam histórias perante a família desestruturada formada pela mãe Ammu, uma mulher solitária e infeliz, o tio Chacko, Baby Kochamma e uma mariposa imaginária que pertenceu a um de seus antepassados. A  família tem uma fábrica de geléias e pertencem a burguesia indiana. Há no país manifestações trabalhistas onde parte do povo segue   as tendências comunistas que contrastam com a colonização inglesa. O preconceito referente as castas ainda é muito grande, mas muitas pessoas já deixaram de seguir o hinduísmo. Cristianismo, islamismo e o marxismo já tem seus adeptos. A globalização já adentrou o país e já influencia o povo. 
Mas os gêmeos tem uma grande veneração por  Velutha, um homem negro pertencente a uma casta inferior que foi criado pela família. Velutha trabalha com madeira, faz serviços pequenos e inferiores, mas sem deixar de ser belos e importantes, a ele sobrou apenas as pequenas coisas, que muitas vezes não são vistas por todos. Essa amizade não agrada a família e torna-se proibida.   E uma grande tragédia cai sobre a família no dia em que chega na cidade a filha de tio Chacko. Neste dia, Rahel e Estha descobrem que "as coisas podem mudar num só dia, que as vidas podem ter seu rumo alterado e assumir novas - e feias - formas. Descobrem que elas podem até cessar para sempre". 
A narrativa é intercalada passando de um fato para o outro dentro do mesmo capítulo tornando um pouco difícil a leitura, mas essa forma da autora escrever não deixou a história menos interessante. Gostei muito do livro. Aborda além dos conflitos familiares, preconceitos, violência, política, a condição da mulher, abusos  e muitos assuntos da sociedade indiana da época. Apesar de ser uma história trágica é também muito bonita. O retrato de um povo que só queria ser livre, tanto para viver como para amar.

"Assim, Ammu e seus filhos gêmeos bivitelinos quebraram as Leis do Amor. "Que determinam quem pode ser amado. E como. E quanto".



Ano: 2008
Páginas: 360
Editora: Companhia de Bolso


Foto -Suzanna Arundhati Roy
Suzanna Arundhati Roy, conhecida como Arundhati Roy, é uma escritora, novelista e ativista anti-globalização indiana, também envolvida em causas ambientais e de direitos humanos. Estudou arquitetura e trabalhou em cinema como designer de produção. Escreveu os roteiros de dois filmes. Seu primeiro livro O deus das pequenas coisas (The God of Small Things) ganhou o Booker Prize em 1997 e foi editado em 36 países. Venceu também o Lannan Cultural Freedom Prize em 2002.