RESENHA - Ano acabando e nada melhor do que encerrar com chave de ouro, lendo um livro do mestre Stephen King...
A história de um garoto tímido que se encanta por um carro e depois dessa união, começam alguns acontecimentos bizarros na cidade de Libertyville.
"Esta é a história de um triângulo amoroso, poderia-se dizer — Arnie Cunningham, Leigh Cabot e, é claro, Christine. Mas quero que você entenda que Christine chegou primeiro."
Arnie Cunnigham é um adolescente com várias complicações na escola, rejeitado pelos colegas, azarado, cheio de espinhas, muito magro e sofria bullying, seu único amigo era Dennis. Essa era sua vida antes de conhecer Christine, um Plymouth Fury 1958, um carro que estava quase destruído, mas Arnie ficou completamente obcecado e comprou de Roland Le Bay, um senhor que viveu uma grande história misteriosa com Christine.
"Ele era um perdedor, entendam. Todo colégio tem dois, pelo menos; é como uma lei nacional. Um garoto, uma garota. Sacos-de-pancada de todo mundo. Seu dia foi ruim? Se deu mal em uma prova importante? Discutiu com seus pais e ficou o fim de semana a pé? Não tem problema. Encontre um daqueles pobres coitados que se esgueiram pelos corredores como criminosos, antes do sinal tocar, e vá direto em cima dele. E, às vezes, eles realmente são assassinados, em todos os sentidos importantes, menos no físico; em outras vezes, encontram alguém a quem se agarrar e sobrevivem."
Seu amigo Dennis, a namorada Leigh e sua família não gostam do carro, pois notam que Arnie está passando por mudanças de comportamento que estão interligadas com Christine, dedicando todo o seu tempo e gastando todas as economias na sua restauração.
Depois de Christine estar rodando nas ruas novamente, alguns assassinatos são registrados na cidade e inicia-se um verdadeiro derramamento de sangue.
Dennis investiga o passado de Christine e sai a luta para resgatar seu melhor amigo dessa paixão obsessiva pelo carro.
Christine apresenta uma história de obsessão, amizade, possessividade, fraqueza humana e carros assombrados. Existe um vilão que eu não consegui odiar, pelo contrário, torci muito por ele e compreendi os fatores que o colocaram nessa situação. Ah... e o final, terminou como tinha que ser, como sempre, surpreendente!
"Eu acho que entendi então que o que realmente assusta as pessoas sobre o processo de crescimento é que paramos de experimentar a máscara da vida e começamos a experimentar outra. Se a infância quer dizer aprender a viver, então ser adulto significa aprender a morrer."
Editora: Suma das Letras
Páginas: 616
Ano: 2013
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